Black Friday: Revista em casa a partir de 8,90/semana
Continua após publicidade

Ministro de Brunei afirma que leis controversas são ‘preventivas’

Erywan Yusof sugeriu que a aplicação de pena de morte para homossexuais e adúlteros será rara; segundo ele, a novidade protege a família

Por Da Redação
Atualizado em 12 abr 2019, 18h00 - Publicado em 12 abr 2019, 12h18
  • Seguir materia Seguindo materia
  • O ministro de Relações Exteriores de Brunei afirmou que as novas leis do país, que punem adultério e homossexualidade com morte por apedrejamento, são “mais sobre prevenção do que punição.”

    Depois de intensas críticas contra a implementação da sharia, o código islâmico mais conservador, Erywan Yusof reiterou que os juízes do país demandariam uma grande quantidade de provas para estes casos, sugerindo que as punições mais severas serão raras.

    A Organização das Nações Unidas (ONU) já declarou que as novas penas são “cruéis e desumanas.” No dia 1° deste mês, o alto comissariado da ONU, chefiado pela chilena Michelle Bachelet, enviou uma carta para a missão de Brunei em Genebra, alertando para o fato de que as novas leis vão contra os protocolos definidos pela Declaração Universal dos Direitos Humanos de 1948, que foi ratificada pelo sultanato em 2006.

    Nesta sexta-feira, 12, Yusof defendeu a ideia de que o objetivo da novidade “é educar, impedir, reabilitar e proteger em vez de punir.” Ainda segundo ele, a Sharia não criminaliza cidadãos com base em sua orientação sexual ou demais crenças. “A criminalização de adultério e sodomia pretende apenas assegurar a sacralidade da linhagem familiar e o casamento de indivíduos muçulmanos, particularmente das mulheres”, completa o comunicado.

    A declaração também esclarece que para o sentenciamento às penas máximas de amputação ou morte, pelo menos dois homens de “alto valor e devoção moral” devem servir como testemunhas de acusação.

    Continua após a publicidade

    Na quinta-feira 11, o ministro de Relações Exteriores do Reino Unido, Jeremy Hunt, disse à CNN que, durante uma conversa informal, o ministro de Brunei já havia sugerido que as execuções eram, na prática, improváveis.

    Rico em combustíveis, Brunei, um país situado na ilha de Bornéu, se tornou o primeiro do sudeste asiático a aplicar, em nível nacional, um código penal baseado na lei islâmica mais rígida, seguindo o exemplo da Arábia Saudita. O país é governado com mão de ferro pelo sultão Hassanal Bolkiah.

    Além da ONU, vários governos e organizações não governamentais criticaram a implementação da sharia. Personalidades do mundo do entretenimento, como o ator George Clooney e o compositor Elton John, lançaram uma campanha de boicote aos hotéis de luxo vinculados ao sultão de Brunei.

    Continua após a publicidade

    Islã mais forte

    O sultão Bolkiah, que lidera a monarquia desde 1967, não fez referência à entrada em vigor das novas leis em seu último discurso, no dia 3 de abril, mas defendeu um Islã mais forte. “Quero que os ensinamentos islâmicos neste país sejam reforçados”, disse ele em um centro de convenções nas proximidades da capital, Bandar Seri Begawan.

    “Brunei é um país justo e feliz”, afirmou o sultão Bolkiah, em resposta às críticas ao novo código penal. “Quem desejar visitar este país terá uma experiência agradável e se beneficiará de um ambiente seguro e harmonioso.”

    É difícil avaliar o sentimento da população ante a aplicação das novas leis, já que a maioria dos 435.000 habitantes evita criticar o sultão. Mas a medida teria amplo apoio entre os muçulmanos malaios, que representam 70% da população.

    Continua após a publicidade

    Para analistas, Bolkiah busca reforçar sua imagem de líder islâmico diante dos mais conservadores no momento em que a economia nacional, baseada no petróleo, dá sinais de enfraquecimento.

    (com AFP)

    Publicidade

    Publicidade

    Matéria exclusiva para assinantes. Faça seu login

    Este usuário não possui direito de acesso neste conteúdo. Para mudar de conta, faça seu login

    Semana Black Friday

    A melhor notícia da Black Friday

    BLACK
    FRIDAY

    MELHOR
    OFERTA

    Digital Completo

    Acesso ilimitado ao site, edições digitais e acervo de todos os títulos Abril nos apps*

    Apenas 5,99/mês*

    ou
    BLACK
    FRIDAY
    Impressa + Digital
    Impressa + Digital

    Receba 4 Revistas no mês e tenha toda semana uma nova edição na sua casa (a partir de R$ 8,90 por revista)

    a partir de 35,60/mês

    ou

    *Acesso ilimitado ao site e edições digitais de todos os títulos Abril, ao acervo completo de Veja e Quatro Rodas e todas as edições dos últimos 7 anos de Claudia, Superinteressante, VC S/A, Você RH e Veja Saúde, incluindo edições especiais e históricas no app.
    *Pagamento único anual de R$71,88, equivalente a 5,99/mês.

    PARABÉNS! Você já pode ler essa matéria grátis.
    Fechar

    Não vá embora sem ler essa matéria!
    Assista um anúncio e leia grátis
    CLIQUE AQUI.