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Ministro das Relações Exteriores remove bolsonaristas de postos-chave

Em portaria, chanceler anunciou mudanças em representações em Tel Aviv, Washington e Nova York

Por Caio Saad 10 jan 2023, 12h25

O ministro das Relações Exteriores, Mauro Vieira, deu avanço na segunda-feira, 9, a uma “limpeza” no Itamaraty, mexendo em postos ocupados por diplomatas bolsonaristas.

Em portaria publicada no Diário Oficial da União, o chanceler tirou o general Gerson Menandro Garcia de Freitas da embaixada do Brasil em Tel Aviv. A medida mostra uma profunda diferença em relação ao governo de Jair Bolsonaro, que chegou a propor a mudança de toda a representação brasileira para Jerusalém, o que na prática significaria o reconhecimento do Brasil da soberania israelense sobre Jerusalém, desconsiderando o pleito de soberania palestina sobre sua porção oriental, e mudaria bruscamente a política externa do Brasil e, em especial, suas relações com os países do Oriente Médio.

No mesmo documento, o chanceler também tirou da embaixada do Brasil em Washington o embaixador Nestor Forster, um aliado fiel que também era amigo íntimo do guru Olavo de Carvalho. Também nos Estados Unidos, Maria Nazareth Farani Zevêdo deixa o consulado-geral em Nova York.

Durante seu discurso de posse, Vieira destacou o compromisso de reconstruir a diplomacia brasileira. Prometendo reconduzir o Brasil ao “grande palco das relações internacionais”, o chanceler disse que dará atenção especial ao resgate de laços com a América Latina e o Caribe.

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“A política externa voltará a traduzir em ações a visão de um país generoso, com mais justiça social”, declarou Vieira, chanceler em 2015 e 2016 no segundo mandato da ex-presidente Dilma Rousseff.

Entre os fóruns que o novo governo pretende reforçar, disse Vieira, estão a União de Nações Sul-Americanas (Unasul) e a Comunidade de Estados Latino-Americanos e Caribenhos (Celac).

Vieira já comandou o Itamaraty durante o segundo governo Dilma Rousseff (PT), entre 2015 e 2016 – deixou o cargo após o processo de impeachment da presidente. Nos momentos mais difíceis do petista, quando foi condenado e depois preso, o ex-chanceler de Dilma criou um vínculo definitivo com Lula.

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Além de ministro, foi embaixador do Brasil na Argentina entre 2004 e 2010; embaixador do Brasil nos Estados Unidos entre 2010 e 2015; e representante do Brasil na Organização das Nações Unidas (ONU) entre 2016 e 2020.

A nomeação como embaixador na Croácia, posto de menor importância, aconteceu já na gestão do presidente Jair Bolsonaro (PL) – desfecho dado pelo governo Bolsonaro a vários outros diplomatas que ocuparam cargos de destaque nas administrações petistas.

Vieira é um dos diplomatas mais próximos ao ex-chanceler de Lula, Celso Amorim, que aprovou o nome do embaixador.

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