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O norte-coreano Kim Jong-un, filho caçula e sucessor de Kim Jong-Il, terá que dividir o poder com os militares, revelou uma fonte que mantém estreitas ligações com os governos da Coreia do Norte e da China, consultada pela agência Reuters. Isso significa que o regime comunista passará a ter um comando coletivo, com palpites também do tio Jang Song-Thaek, cunhado de Kim Jong-Il e vice-presidente da poderosa Comissão de Defesa Nacional
Segundo a mesma fonte, citada pela Reuters, é “muito improvável” a hipótese de um golpe militar. “Os militares juraram obediência a Kim Jong-un”, acrescentou. Apesar de a fonte não ter sido identificada, a Reuters afirma que ela já deu informações corretas em importantes eventos anteriores, como que a Coreia do Norte testaria sua primeira arma nuclear em 2006, fato comprovado posteriormente.
Kim Jong-un sucederá a seu pai como parte de uma dinastia familiar comunista que dirige a Coreia do Norte desde a fundação do país, na década de 1940. Kim Jong-Il morreu no último sábado, mas sua morte só foi anunciada na segunda-feira.
Culto
Nesta quarta-feira, a Coreia do Norte reforçou uma campanha para fortalecer o culto à imagem de Kim Jong-un e preparar seu caminho ao poder em uma transição que deixa a Coreia do Sul em estado de alerta. “Respeitado camarada” e “nascido do céu” são alguns dos termos usados pela imprensa norte-coreana para se referir ao jovem, principalmente na televisão estatal KCTV, que emitiu novas imagens durante sua visita ao velório de seu pai.
Nestas novas imagens, Jong-un aparece cumprimentando diplomatas norte-coreanos e outras pessoas que participavam da cerimônia de condolências da morte de Kim Jong-Il, cujo corpo segue no Palácio Memorial de Kumsusan, situado nos arredores de Pyongyang.