Parlamentares alemães reelegeram, nesta quarta-feira, Angela Merkel como chanceler para um quarto e provavelmente último mandato, que promete ser o mais desafiador até agora, à medida que a conservadora assume a liderança de uma frágil coalizão.
Merkel foi reeleita por 364 contra 315 votos, com nove abstenções, em um início modesto, uma vez que a coalizão dos conservadores com o Partido Social-Democrata (SPD), de centro-esquerda, detém 399 votos na câmara baixa do Parlamento. “Eu aceito a votação”, disse Merkel, de 63 anos, a parlamentares.
No poder desde 2005, Merkel tem dominado o cenário político da Alemanha e conduzido a União Europeia através de crises econômicas. Entretanto, sua autoridade foi abalada por sua decisão, em 2015, de comprometer a Alemanha a uma política de portas abertas para a imigração, que resultou na entrada de mais de 1 milhão de pessoas no país.
Agora, ela precisa conciliar demandas internas que vão contra os desejos de sua aliança conservadora, composta pelos partidos CDU e CSU, e do SPD, no momento em que a Alemanha ainda se vê envolvida em um impasse comercial com os Estados Unidos.
Merkel tomou posse no Parlamento nesta quarta-feira, após se encontrar com o presidente da Alemanha, Frank-Walter Steinmeier. Em seguida, ministros tomarão posse, quase seis meses depois da eleição nacional de setembro, na qual os dois membros da coalizão governista perderam apoio para a legenda de extrema-direita Alternativa para a Alemanha (AfD).