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Médico é preso por mortes em campanha de esterilização

R. K. Gupta operou 83 mulheres em seis horas, sendo que treze morreram de complicações provocadas pela cirurgia. Medicamentos também foram banidos

Por Da Redação
14 nov 2014, 05h48
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  • A polícia indiana prendeu nesta quinta-feira o cirurgião R. K. Gupta, que, ao lado de uma equipe de médicos, provocou a morte de treze pessoas após esterilizar 83 mulheres em apenas seis horas. O caso, ocorrido no Estado de Chhattisgarh, um dos mais pobres do país, provocou repúdio por parte do público e desencadeou protestos contra o programa estatal de esterilização mantido há décadas pelo governo. Segundo a rede CNN, a prisão de Gupta é uma das medidas encontradas pelas autoridades para acalmar os ânimos da população.

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    O médico será acusado pela Justiça de negligência e tentativa de cometer homicídios culposos, quando há a intenção de matar. As autoridades locais também suspenderam todas as esterilizações marcadas para os próximos dias e baniram seis tipos de medicamento usados nas operações, incluindo analgésicos e antibióticos. Gupta tem atribuído a morte das mulheres aos remédios distribuídos em um vilarejo próximo a Bilaspur, onde foram realizadas as cirurgias.

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    A autoridade máxima de saúde na região, R. K. Vange, afirmou que só será possível precisar a causa da morte das mulheres após os resultados das autópsias serem divulgados pelos legistas. Gupta alega que sua equipe médica seguiu todos os procedimentos necessários. Mas, segundo Kerry McBroom, uma especialista em direitos humanos de Nova Délhi, as alegações do cirurgião provavelmente não condizem com a realidade. As clínicas móveis em que são realizadas estas campanhas de esterilização geralmente não possuem energia elétrica e água potável e contam com poucos enfermeiros.

    Com 1,2 bilhão de habitantes, a Índia vem promovendo esse tipo de campanha de esterilização como parte dos esforços para reduzir a população do país. A adesão é voluntária, mas funcionários do governo costumam dar incentivos financeiros para que a população se submeta ao procedimento. O alvo normalmente são comunidades pobres. Testemunhas contaram que funcionários ofereceram cerca de 50 reais para que as mulheres aderissem à campanha do último sábado.

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    Embora Gupta alegue que o governo pressiona os médicos para que eles realizem o máximo de esterilizações possíveis, a recomendação oficial é de que um cirurgião não faça mais de trinta operações por dia.

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    Outro caso – Não é a primeira vez que esse tipo de incidente é registrado no país. Em janeiro de 2012, três homens foram presos no Estado de Bihar após realizarem cirurgias em 53 mulheres em um espaço de duas horas e sem o uso de anestésicos.

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