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Médico da Casa Branca mostra alívio com saída de Trump: “Libertador”

Anthony Fauci se tornou o principal conselheiro médico de Joe Biden; epidemiologista já serviu outros seis presidentes em sua carreira

Por Julia Braun Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO Atualizado em 22 jan 2021, 09h04 - Publicado em 22 jan 2021, 08h55

O principal epidemiologista dos Estados Unidos, Anthony Fauci, admitiu nesta quinta-feira 21 sentir alívio com a saída de Donald Trump da Presidência do país, ao dizer que é “libertador” poder falar claramente sobre o que a ciência diz sobre a Covid-19 sem medo de “repercussões”.

Fauci, que agora é o principal conselheiro médico do novo presidente, Joe Biden, ressaltou seu desconforto com a atitude de Trump de minimizar os riscos de contágio pelo novo coronavírus e contrariar repetidamente as conclusões de especialistas. “A ideia de que podemos vir aqui e falar sobre o que sabemos, o que a evidência científica diz, e deixar a ciência falar, é um sentimento bastante libertador”, declarou em entrevista coletiva na Casa Branca.

O maior especialista em doenças infecciosas dos EUA disse que “claramente” se sentiu “desconfortável” quando, durante conferências de imprensa das quais ambos participaram em parte do ano passado, Trump disse coisas “que não tinham base nos fatos”, como sua defesa da hidroxicloroquina como profilaxia contra a Covid-19.

“Não estou nada feliz por estar numa situação em que tenho que contradizer o presidente, e realmente não senti que poderia dizer algo e não haveria repercussões”, argumentou.

A tensão entre Trump e Fauci cresceu ao longo de 2020, e a Casa Branca deixou de convidar o epidemiologista para dar entrevistas sobre a pandemia. O ex-presidente até ameaçou demitir Fauci, mas depois percebeu que não tinha autoridade para fazê-lo, pois não se tratava de uma posição política, mas um cargo do serviço público, o de diretor do Instituto Nacional de Alergias e Doenças Infecciosas dos EUA (NIAID).

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Biden é o sétimo presidente dos EUA a ser aconselhado por Fauci, que lidera a NIAID desde 1984 e é uma das figuras mais respeitadas na comunidade científica americana, uma reputação que só cresceu durante a pandemia.

Em sua primeira coletiva no governo Biden, Fauci agradeceu ao novo presidente por tê-lo instruído a ser “completamente transparente e honesto”. “Uma das novidades neste governo é que, se não soubermos a resposta, não temos que arriscar um palpite. Nós apenas dizemos que não sabemos a resposta”, afirmou.

Durante a coletiva, Fauci também disse que não há confirmação neste momento de que a variante sul-africana da Covid-19 tenha chegado aos Estados Unidos e que a britânica já está presente em cerca de 20 estados. Tudo indica que as vacinas sendo administradas nos americanos e em outros países protegem contra essas novas variantes, mas se os compostos precisarem ser modificados, esse processo “não será muito caro”, comentou.

(Com EFE)

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