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Manifestantes pró-democracia pedem ajuda de Trump em Hong Kong

Marcha alcança Consulado dos EUA, depois de cenas de vandalismo, e acaba em violência com a polícia

Por Da Redação
8 set 2019, 17h21

A polícia de Hong Kong lançou gás lacrimogêneo para dispersar manifestantes no bairro comercial de Causeway Bay neste domingo, 8, depois de manifestantes pró-democracia terem se reunido na frente do Consulado dos Estados Unidos. Eles pediam a ajuda americana para consolidar a democracia na cidade, governada pela China. Em um padrão agora familiar de jogo de gato e rato entre a polícia e a população, ao longo de três meses de protestos, os manifestantes se dispersaram para a região vizinha de Admiralty, para o distrito de Wan Chai e para Causeway Bay.

Os ativistas armaram barricadas, quebraram janelas, iniciaram incêndios nas ruas e vandalizaram a estação de metrô no distrito Central, o mais importante da ex-colônia britânica. Sede de bancos, joalherias e lojas de marcas famosas, a região estava cheia de grafites, cacos de vidro e pedras arrancadas das vias. Os manifestantes atearam fogo em caixas de papelão, construindo barricadas com cercas de metal.

“Não podemos sair porque há policiais do choque”, disse o manifestante Oscar, 20, em Causeway Bay. “Eles dispararam gás lacrimogêneo na estação.”

Mais cedo, milhares de manifestantes cantaram o hino norte-americano e pediram ao presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, para “libertar” a cidade. Eles acenaram com bandeiras norte-americanas e cartazes demandando democracia.

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“Lute pela liberdade, apoie Hong Kong”, gritaram os manifestantes, antes de entregarem petições no consulado americano. “Resista a Pequim, e liberte Hong Kong.”

Suspeito de atuar nos protestos é detido pela polícia de Hong Kong na estação de metrô de Causeway Bay – 08/09/2019 (Anthony Wallace/AFP)

As manifestações deste domingo navamente desafiaram o governo de Hong Kong, que na semana passada atendeu a reivindicação inicial dos manifestantes – retirar de tramitação o projeto de lei que permitiria a extraditar dissidentes políticos para o continente. A iniciativa do governo de Carrie Lam, entretanto, chegou tarde demais. Os protestos sem lideranças formais abraçaram outras demandas de fundo, como o aprofundamento da democracia na ilha e a melhoria das condições de vida.

O secretário de Defesa dos Estados Unidos, Mark Esper, pedira no sábado 7 que a China atuasse com comedimento em Hong Kong, que retornou ao domínio chinês em 1997. No mês passado, Trump sugeriu que a China deveria resolver o problema em Hong Kong “humanamente” e antes que um acordo comercial fosse alcançado com Washington. Anteriormente, Trump chamara os protestos de “distúrbios” de responsabilidade da China.

Hong Kong retornou à China sob a fórmula “um país, dois sistemas”, que garante liberdades não usufruídas na porção continental do país. Muitos moradores de Hong Kong temem que Pequim esteja tentando acabar com essa autonomia.

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(Com Reuters)

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