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Manifestações sem precedentes na Síria

Manifestações sem precedentes desde o início da revolta contra o regime do presidente Bashar Al-Assad aconteceram nesta sexta-feira na Síria, principalmente em Aleppo, segunda maior cidade do país, enquanto o emissário internacional Kofi Annan se prepara para uma visita. Aleppo, distante das contestações nos primeiros meses da revolta, foi palco nesta sexta-feira “das manifestantes mais […]

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18 Maio 2012, 12h47
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  • Manifestações sem precedentes desde o início da revolta contra o regime do presidente Bashar Al-Assad aconteceram nesta sexta-feira na Síria, principalmente em Aleppo, segunda maior cidade do país, enquanto o emissário internacional Kofi Annan se prepara para uma visita.

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    Aleppo, distante das contestações nos primeiros meses da revolta, foi palco nesta sexta-feira “das manifestantes mais importantes”, segundo ativistas.

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    “Milhares de pessoas protestaram em vários bairros, apesar da repressão”, de acordo com o presidente do Observatório Sírio dos Direitos Humanos (OSDH), Rami Abdel Rahman.

    “Aleppo está experimentando uma verdadeira insurreição”, afirmou Mohammad al-Halabi, um militante local.

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    Apesar da persistência da violência e dos ataques às cidades, dezenas de milhares de pessoas tomaram as ruas de todo o país, segundo o OSDH. Foram as maiores manifestações desde o anúncio do cessar-fogo, em 12 de abril.

    “Queremos a liberdade, quer você queira ou não, Bashar, inimigo da humanidade”, gritavam os manifestantes em Deir Ezzor.

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    Mais uma vez, as tropas do regime abriram fogo contra a multidão em Aleppo e na província de Damasco, ferindo várias pessoas. Os bombardeios também continuaram contra os postos rebeldes em Rastan e Homs, segundo o OSDH, que denuncia “o silêncio dos observadores da ONU”, enviados para monitorar a trégua.

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    A violência será o objetivo central da visita de Kofi Annan ao país, cuja data ainda não foi determinada.

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    “Podemos esperar uma visita em breve”, afirmou seu porta-voz.

    Os militantes convocaram as manifestações, como toda sexta-feira, para exigir a queda do regime e homenagear os “heróis da Universidade de Aleppo”, em referência aos estudantes da cidade que se mobilizaram na presença das forças de paz.

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    No dia 3 de maio, quatro estudantes foram mortos pelas forças do governo na Universidade de Aleppo, centro da mobilização.

    Além disso, a Liga Síria de Defesa dos Direitos Humanos, denunciou nesta sexta-feira a sentença de pena de morte a um ativista sírio, Mohammed al-Hariri Abdelmaoula, “brutalmente torturado” desde sua prisão em abril por “alta traição”.

    Apesar das violações sistemáticas do cessar-fogo, as grandes potências se agarram ao plano Annan, na falta de um plano B, segundo diplomatas. A missão da ONU de supervisão (MISNUS) terá em breve sua força total (300 observadores militares), mas os ocidentais já não consideram mais a renovação do mandato de 90 dias, que termina em 21 de julho.

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    Esta missão se tornou especialmente delicada com os ataques mortais reivindicados por facções obscuras, além da violência diária. O secretário-geral da ONU, Ban Ki-moon, culpou na quinta-feira a Al-Qaeda pelos recentes ataques.

    Com forte apoio do governo da Rússia, a resolução da crise parece mais remota com as divisões que surgiram recentemente na oposição, já fragmentada.

    O presidente Assad, que tira proveito das divisões para minimizar a magnitude da contestação, alegou esta semana que as eleições legislativas do dia 7 de maio, boicotadas pela oposição, demonstraram o apoio dos sírios ao seu regime.

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    Na mesma entrevista, Assad pediu ao novo presidente francês, François Hollande, que “pense nos interesses da França” e mude sua política, solicitação ignorada por Paris.

    “Não será com essas declarações que Assad vai apagar o fato de que suas forças de segurança continuam a massacrar seu povo”, destacou o ministério das Relações Exteriores francês.

    “A violência acabou? Os prisioneiros foram libertados? O Exército voltou aos quartéis?”.

    Em 14 meses, mais de 12.000 pessoas foram mortas na Síria, segundo o OSDH.

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