Maliki diz que escolha de substituto ‘não tem validade’
Quando já se pensava que a transição de governo no Iraque seria tranquila, diante da perda de apoio do premiê, Maliki retoma tom desafiador e afirma que só deixará o cargo se a Justiça assim o determinar
Por Da Redação
13 ago 2014, 08h26
Cada vez mais isolado politicamente, Nouri al Maliki afirmou nesta quarta-feira que a nomeação de Haidar al Abadi para substitui-lo como primeiro-ministro do Iraque viola a Constituição e “não tem validade”. Em discurso semanal transmitido pela TV, o premiê em fim de mandato afirmou que não deixará o poder até que a Justiça decida sobre uma objeção apresentada por ele à nomeação feita pelo presidente Fouad Massoum. “A violação que ocorreu não tem valor e suas consequências não têm efeito. Este governo continua e não será mudado exceto depois de a Corte Federal tomar sua decisão”, disse Maliki.
Nesta semana, Estados Unidos e Irã aprovaram a escolha de Abadi como novo premiê do Iraque. A perda de apoio até mesmo dentro do próprio partido levou Maliki a dizer que as forças de segurança que ele havia deslocado para pontos estratégicos da capital Bagdá na segunda-feira – em um movimento que foi interpretado como a preparação de um golpe – deveriam ficar fora da política. Isso trouxe esperanças de que a transição no país poderia ocorrer com tranquilidade e o debate passou a ser sobre como ele deixaria o posto.
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No entanto, o discurso desta quarta reforça a resistência do xiita em deixar o cargo que ocupa há oito anos. A TV estatal iraquiana informou que Abadi está trabalhando na formação de um novo gabinete e desenvolvendo um programa de governo em acordo com vários blocos políticos.
Reeleito em 2010, Maliki até ensaiou um governo de coalizão, convocando ministros curdos e sunitas para o seu gabinete. Não demorou para a farsa cair. Em 2012, ele afastou os políticos sunitas e, no início deste ano, entrou em atrito também com os curdos. (Continue lendo o texto)
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Armas aos curdos – O governo francês anunciou nesta quarta que vai enviar armas às forças curdas, conhecidas como peshmergas, que estão enfrentando os terroristas do Estado Islâmico no norte do Iraque.
Um comunicado divulgado pelo gabinete do presidente François Holande afirma que a decisão foi tomada “em resposta à urgente necessidade expressada pelas autoridades regionais do Curdistão”. A França afirma ainda que o envio das armas foi autorizado por autorizades em Bagdá.
Também há informações de que os Estados Unidos começaram a enviar armamentos para os peshmergas, apesar de não haver uma confirmação oficial sobre isso. Nesta terça, o governo americano anunciou que enviou mais 130 conselheiros militares para a região do Curdistão para ajudar a enfrentar o caos provocado pela selvageria dos jihadistas do EI, que não hesitam em usar a violência para liquidar todos os que aparecem em seu caminho e são considerados “infiéis”.
Os fuzileiros navais e integrantes de forças de operações especiais não serão envolvidos em combate, afirmou os EUA, que iniciaram ataques aéreos contra os terroristas na última semana no norte do Iraque.
(Com agências Reuters e EFE)
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VEJA Mercado - quinta, 2 de maio
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A agência de classificação de riscos Moody’s mudou a perspectiva da nota de crédito do Brasil de estável para positiva. Em outras palavras, o país está mais próximo de ter sua nota de crédito melhorada. O Brasil está a duas revisões de obter o chamado grau de investimento, o que ajuda a atrair investimentos estrangeiros. O comitê do Federal Reserve (Fed), o Banco Central americano, se reuniu na quarta e decidiu manter as taxas de juros do país no intervalo entre 5,25% e 5,5% ao ano. Jerome Powell, presidente do Fed, afirmou que altas de juros não fazem parte do cenário-base da instituição, mas falou em falta de progresso na busca pela meta de inflação de 2%. Diego Gimenes entrevista Luis Otávio Leal, economista-chefe da gestora G5 Partners, que comenta esses e outros assuntos.
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