Malala conclui estudos de ciências políticas na Universidade de Oxford
'Difícil expressar minha alegria. Eu não sei o que está por vir. Por enquanto, será Netflix, ler e dormir ', tuitou a ativista de 22 anos de idade
A mais jovem vencedora do Prêmio Nobel da Paz, a ativista paquistanesa Malala Yousafzai, divulgou em seu Twitter no final da quinta-feira 18 a conclusão de seu curso de graduação em Filosofia, Política e Economia na Universidade de Oxford, no Reino Unido.
“Difícil expressar minha alegria e gratidão agora, ao concluir meu curso de Filosofia, Política e Economia em Oxford. Eu não sei o que está por vir. Por enquanto, será o Netflix, ler e dormir”, tuitou Malala.
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Clique e AssineComo as universidades no Reino Unido estão fechadas temporariamente devido à pandemia de coronavírus, a ativista postou fotos nas mídias sociais que a mostravam comemorando o diploma com uma festa em família.
Malala também publicou uma foto em que ela está coberta de espuma, tinta e confetes, conforme a tradição dos estudantes de Oxford no último dia de seus exames finais.
Hard to express my joy and gratitude right now as I completed my Philosophy, Politics and Economics degree at Oxford. I don’t know what’s ahead. For now, it will be Netflix, reading and sleep. 😴 pic.twitter.com/AUxN55cUAf
— Malala (@Malala) June 19, 2020
A paquistanesa, de apenas 22 anos de idade, foi admitida na Universidade de Oxford em 2017 depois de ter estudado pouco mais de quatro anos no ensino médio em Birmingham, também no Reino Unido.
Ativismo pela educação
Malala é conhecida pelo seu ativismo pela educação feminina. Ela luta pela causa desde que tinha cerca dos dez anos de idade, em 2007, quando o grupo fundamentalista islâmico Talibã proibiu que meninas frequentassem as escolas na região do Swat, no Paquistão, onde Malala nasceu.
A partir dos 11 anos de idade, a ativista começou a escrever sobre a experiência de viver sob o controle do Talibã para um blog no site paquistanês da emissora de televisão britânica BBC.
Para preservar sua identidade, ela assinava sob o pseudônimo de Gul Makai, em homenagem a uma heroína de um folclore tradicional em partes do Paquistão e do vizinho Afeganistão.
A ativista, porém, foi descoberta pelo Talibã, que então tentou assassiná-la em 2012. Malala foi baleada na cabeça, mas sobreviveu ao ataque após ser acolhida em um hospital no Paquistão e, depois, transferida para uma unidade de terapia intensiva no Reino Unido, onde passou a viver desde então.
Em 2014, com 17 anos de idade, Malala se tornou a mais jovem ganhadora do Prêmio Nobel da Paz. por sua defesa da educação.
Ela dividiu o prêmio com o ativista indiano Kailash Satyarthi — que denunciou casos de trabalho infantil na Índia — “pela luta contra a repressão de crianças e jovens e pelo direito de todas as crianças à educação”.
(Com Reuters e AFP)