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Maduro acusa presidente colombiano, Iván Duque, de planejar assassiná-lo

Desde que tomou posse em 2013, líder venezuelano já denunciou mais de 40 planos de assassinato, citando frequentemente autoridade americanas e colombianas

Por Da Redação
Atualizado em 8 dez 2020, 19h43 - Publicado em 8 dez 2020, 19h36

O presidente da VenezuelaNicolás Maduro, alegou nesta terça-feira, 8, que o presidente da Colômbia, Iván Duque, estava por trás de um suposto plano para assassiná-lo no último domingo, durante as eleições legislativas do país.

“De uma fonte muito confiável da inteligência colombiana, [soubemos] que eles estavam preparando um ataque para me assassinar no dia das eleições”, disse o venezuelano durante uma coletiva de imprensa em Caracas.

Maduro, que mudou de última hora o seu local de votação no fim de semana porque precisou tomar “precauções de segurança”, garantiu que a informação foi confirmada e que o plano foi preparado dentro da sede do governo colombiano.

“Da Casa de Nariño, Iván Duque participou de uma tentativa de me assassinar no dia das eleições”, afirmou. Ele completou que o assunto está “em um estágio avançado de investigação”.

Desde que tomou posse em 2013, Maduro já denunciou mais de 40 planos de assassinato. Em quase todos eles, apontou os líderes e políticos americanos e colombianos como responsáveis.

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No sábado 5, um dia antes do pleito na Venezuela, Duque declarou que a votação era ilegítima e reiterou que reconhecia Juan Guaidó como presidente.

“A deterioração institucional da Venezuela é uma das coisas mais lamentáveis ​​que já se viu na América Latina. Esse ditador, esse déspota [Nicolás Maduro], tem uma opereta encenada, um escárnio de eleições para tirar a voz e a expressão do único vestígio que a Venezuela tem de resistência democrática, que é a Assembleia Nacional que reconhecemos mais de 57 Estados no mundo”, afirmou o presidente da Colômbia.

Duque ainda não respondeu à acusação, mas esse não é o primeiro embate entre os dois. Endossado pelos Estados Unidos, já acusou Maduro de apoiar e patrocinar dissidentes das Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia (Farc).

O venezuelano, por sua vez, nega. “A mensagem para eles sempre foi muito clara, não tocar o solo venezuelano. Qualquer grupo [paramilitar] será capturado e todo o peso da lei será aplicado a eles”, voltou a garantir nesta terça-feira.

A legitimidade das eleições do domingo 6 foi amplamente questionada. Com 69% de abstenção, o regime de Maduro tomou controle da Assembleia Nacional em meio a acusações de manipulação dos eleitores, que precisam apresentar um documento com o qual recebem subsídios do Estado para votar. Também houve acusações de supressão da oposição, após o governo suspender os direitos políticos dos líderes de três partidos diferentes. 

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A vitória sedimenta ainda mais o poder de Maduro sobre a Venezuela. Controlando a Assembléia Nacional, o Partido Socialista Unido da Venezuela (PSUV) e aliados comandam 19 dos 23 estados, 305 das 335 prefeituras, tem 227 dos 251 deputados das assembleias legislativas regionais. Além disso, quase nove em cada 10 vereadores, que deliberam nos Parlamentos municipais, respondem às diretrizes do partido.

Em documento junto a outros 15 países, o Ministério das Relações Exteriores do Brasil emitiu uma nota na segunda-feira classificando o resultado das eleições parlamentares venezuelanas como ilegítimos, além de pedir à comunidade internacional o apoio aos esforços de “recuperação da democracia, do respeito pelos direitos humanos e do Estado de Direito” no país.

“Reiteramos que as eleições, organizadas pelo regime ilegítimo de Nicolás Maduro, carecem de legalidade e legitimidade pois foram realizadas sem as garantias mínimas de um processo democrático, de liberdade, segurança e transparência, e sem integridade dos votos, participação de todas as forças políticas ou observação internacional”, afirmou o governo brasileiro em nota conjunta.

(Com EFE)

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