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Lula trata de crime organizado com líder do Equador: ‘Também afeta Brasil’

O petista conversou com o presidente Daniel Noboa por telefone em meio à crise no país sul-americano causada por gangues do narcotráfico

Por Da Redação
Atualizado em 23 jan 2024, 15h59 - Publicado em 23 jan 2024, 15h53

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) conversou por telefone nesta terça-feira, 23, com o presidente do Equador, Daniel Noboa, sobre a crise no país sul-americano devido à atividade de gangues ligadas ao narcotráfico. O petista ofereceu assistência do Brasil para combater o crime organizado, que também reconheceu ser um problema para seu governo, em especial devido às “fronteiras porosas” com nações vizinhas.

De acordo com o Planalto, Lula se solidarizou com o presidente Noboa e indicou a disposição do Brasil em ajudar o Equador, inclusive por meio de ações de cooperação em inteligência e segurança. Na conversa, ele ressaltou que a luta contra o crime organizado é também um desafio para os brasileiros nos vários níveis de governo, o que seria “agravado pela porosidade e extensão das fronteiras terrestres e marítima do país”.

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Cooperação regional

O presidente Lula recordou ainda, segundo o Planalto, que o Brasil ocupa hoje a secretaria geral da Ameripol, organização regional que reúne trinta países e se dedica à cooperação e ao intercâmbio de informações policiais. O secretário executivo, atualmente, é o diretor-geral da Policia Federal, Andrei Augusto Passos Rodrigues, que tem trabalhado em ações de coordenação regional.

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Durante o telefonema, ambos líderes concordaram que os países sul-americanos devem se unir para combater o crime organizado. Para eles, o “fortalecimento da integração regional é condição fundamental para a superação do problema”. Os dois ressaltaram também a necessidade de coordenação com países consumidores de drogas para o combate efetivo ao narcotráfico.

Onda de violência recente

O mais recente aumento de violência no Equador começou em 7 de janeiro, quando a polícia se dirigiu para La Regional, uma prisão na cidade de Guayaquil, onde Adolfo Macías Villamar, o “Fito”, um dos maiores gangsters do país, estava detido. O plano era transferi-lo para La Roca, uma prisão menor dentro do mesmo complexo, considerada mais segura por abrigar menos presos. Mas, quando os policiais entraram na cela de Fito, encontraram-na vazia.

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Um porta-voz do governo disse que Fito foi avisado sobre sua transferência iminente já no Natal e escapou antes que pudesse ser realocado. Por que o criminoso não queria sair da La Regional? Bom, muitas das alas prisionais que abrigam os membros de gangues mais notórios não são controladas não pelo Estado, mas pelos próprios presos. Em La Roca, ele não poderia, por exemplo, alugar celas individuais, nem contrabandear alimentos, bebidas e drogas.

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Ainda não está claro quando, ou como, exatamente ele fugiu, mas dois guardas foram acusados de ajudá-lo. A notícia da fuga, por sua vez, desencadeou rebeliões em pelo menos seis prisões equatorianas, e vários agentes penitenciários foram feitos reféns. A violência também transbordou para as ruas, onde membros de gangues realizaram atos de terror desde detonar carros-bomba até invadir um estúdio de televisão e render apresentadores ao vivo.

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Em resposta, Noboa declarou “estado de conflito armado” no país, que significa essencialmente uma situação de guerra civil.

“Vivemos em um estado de conflito, um estado de guerra, [em que] se aplicam outras leis, aplica-se também o direito humanitário internacional, que é diferente do direito comum do Equador”, afirmou ele em entrevista a uma rádio equatoriana.

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