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A relação entre membros do PCC e a crise de violência no Equador

Caos no Equador - que não produz, mas transporta drogas para Europa e EUA - torna atrativa a mudança do sistema de tráfico para terras brasileiras

Por Paula Freitas Atualizado em 11 jan 2024, 14h46 - Publicado em 11 jan 2024, 12h19

A crise de violência no Equador, que inclui até a invasão de homens armados a uma emissora de TV em Guayaquil, pode beneficiar o sistema de narcotráfico do Primeiro Comando da Capital (PCC), principal organização criminosa do Brasil. Informações divulgadas pelo portal Infobae nesta quinta-feira, 11, revelam que membros da organização brasileira já atuam no país há tempos, ao lado de cartéis mexicanos, albaneses e italianos.

A aliança dos criminosos mexicanos e brasileiros já havia sido alvo de preocupações da Polícia Federal em 2014, quando foi descoberto que o PCC enviou 20 tijolos de cocaína para Vera Cruz, lar do cartel Nova Geração de Jalisco (CJNG). Cinco anos depois, uma investigação da PF também apontou para o fornecimento massivo de drogas do Cartel de Sinaloa ao PCC, suficiente tanto para o mercado nacional quanto para exportar para a Europa.

Acredita-se, ainda, que o contato tenha sido estabelecido por Gilberto Aparecido dos Santos, conhecido como Fuminho, também responsável por estabelecer relações com traficantes bolivianos. Ele foi preso em Moçambique em 2020, mas foi transferido para uma penitenciária no Paraná em dezembro do ano passado. Além dele, os traficantes mexicanos Lucio Rueda Bustos e Jafet Arias Becerra também foram presos no território brasileiro, em 2019 e 2017, respectivamente.

+ Brasileiro que tinha sido sequestrado no Equador foi libertado

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Abordagem do PCC

Assim como os mexicanos, o PCC passou a investir em drones comerciais em 2017, utilizando os equipamentos para reconhecimento de áreas, organizar ataques e libertar membros de penitenciárias, como no caso do líder do PCC Marco Willians Herbas Camacho, vulgo Marcola, em 2019. A tentativa, contudo, falhou, e os dispositivos passaram a ser utilizados para acompanhar a posição de policiais. Eles também foram utilizados para levar bens proibidos para prisões, incluindo drogas e celulares.

“Os drones comerciais oferecem vantagens operacionais e flexibilidade tática para grupos criminosos armados. Eles podem ser usados ​​para coletar informações sobre rivais e a polícia, para contrabandear mercadorias e drogas, e podem ser transformados em armas e usados ​​para atacar rivais e autoridades policiais”, explicou John P. Sullivan, coautor do livro Evolução dos Drones Criminosos: Armamento Cartel de IEDs Aéreos, a Infobae.

“Embora os drones tenham sido utilizados por grupos criminosos brasileiros para operações de inteligência, vigilância e reconhecimento, os cartéis mexicanos transformaram-nos em armas e utilizam-nos para atacar cartéis rivais, a polícia e os militares. No Equador, eles são usados ​​principalmente para atacar prisões”, acrescentou.

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