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Líder do Hamas se diz ‘aberto’ a governo unificado em Gaza e Cisjordânia

Ismail Haniyeh, chefe do braço político do grupo, defende que a administração dos territórios deve pertencer aos palestinos

Por Da Redação
2 jan 2024, 14h02

O líder do braço político do Hamas, Ismail Haniyeh, disse nesta terça-feira, 2, estar aberto a uma administração palestina unificada para governar tanto a Faixa de Gaza quanto a Cisjordânia. Ambos os territórios são povoados majoritariamente por palestinos, mas viveram ocupações por parte de colonos judeus tanto no passado quanto no presente.

“Recebemos inúmeras iniciativas relativas à situação interna [palestina] e estamos abertos à ideia de um governo nacional para a Cisjordânia e Gaza”, declarou Haniyeh, que mora no Catar com a maioria dos outros altos funcionários do Hamas, em um discurso televisionado.

Além disso, Haniyeh afirmou que os reféns detidos pelos terroristas em Gaza só serão libertados sob condições estabelecidas pelo próprio Hamas.

“Os prisioneiros do inimigo só serão libertados nos termos estabelecidos pela resistência”, disse ele.

+ Com ataques de Israel, número de mortos em Gaza chega a 22 mil

Nova ocupação?

Pouco após o início da guerra, o primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, afirmou em entrevista à emissora americana ABC News que seu país ficaria “responsável pela segurança de Gaza” após o conflito “por período indefinido”.

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O ministro de Assuntos Estratégicos de Israel, Ron Dermer, e outros altos funcionários do governo tentaram minimizar a declaração de Netanyahu, negando que o premiê tenha a intenção de ocupar Gaza após a guerra. No entanto, defenderam novas medidas de segurança devido ao ataque perpetrado em 7 de outubro.

“Estamos totalmente fora de Gaza há 17 anos, e nos devolveram um Estado terrorista. É óbvio que não podemos repetir isto”, disse o ministro, que participa como observador no gabinete de guerra formado pelo governo.

+ Pesquisa: Só 15% dos israelenses querem Netanyahu como premiê após guerra

Israel tem insistido que não pretende voltar a ocupar o enclave, do qual suas forças saíram em 2005, mas os comentários do primeiro-ministro indicam planos para o que pode ser uma ocupação militar prolongada da Faixa, onde vivem mais de 2 milhões de palestinos.

Anteriormente, além disso, outras autoridades israelenses afirmaram que o país precisaria manter uma presença militar em Gaza como uma barreira para proteger os civis israelenses de ataques de foguetes, bem como da ameaça de túneis escavados sob a fronteira.

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Estados Unidos

Principal aliado de Israel, os Estados Unidos se declararam contra uma nova ocupação israelense da Faixa de Gaza. No entanto, o secretário de Estado americano, Antony Blinken, afirmou em novembro que poderia haver um período de transição, espécie de governo temporário, após o fim da guerra.

“Gaza não pode continuar a ser governada pelo Hamas. Isso simplesmente convida à repetição do 7 de outubro”, disse Blinken durante uma cúpula do G7 em Tóquio, no Japão.

No entanto, enfatizou: “Está claro que Israel não pode ocupar Gaza. Agora, a realidade é que pode haver necessidade de algum período de transição no final do conflito. Mas é imperativo que o povo palestino também seja fundamental para o governo em Gaza e na Cisjordânia.”

+ Em nova estratégia, Israel diminui número de tropas militares em Gaza

Washington pediu que Tel Aviv elaborasse um plano para definir quem governará o enclave quando o Hamas for removido do poder, para que essa responsabilidade não recaia sobre os próprios israelenses.

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Alguns consideram a Autoridade Palestina, que governa a Cisjordânia com sede em Ramallah, para substituir o Hamas. No entanto, sua imensa impopularidade pode representar instabilidade. A AP controlava a Faixa, até o Hamas expulsá-la violentamente em 2007.

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