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Com ataques de Israel, número de mortos em Gaza chega a 22 mil

Acredita-se que cerca de 57 mil palestinos ficaram feridos desde a eclosão do conflito, entre eles mais de 8 mil crianças

Por Da Redação
Atualizado em 7 Maio 2024, 16h41 - Publicado em 2 jan 2024, 13h13

O Ministério da Saúde de Gaza elevou nesta terça-feira, 2, para 22 mil o número de palestinos mortos desde o início da guerra Israel-Hamas, em 7 de outubro, enquanto mísseis continuam a atingir o enclave. Na véspera à marca, militares israelenses informaram que “dezenas de terroristas” que tentavam “plantar dispositivos explosivos” na região foram mortos por soldados israelenses.

Confrontos diretos na cidade de Khan Younis, no sul da Faixa de Gaza, persistem, ao passo que moradores relataram um bombardeio ao campo de refugiados de Al-Bureij, no centro do enclave. Segundo o ministro da Defesa de Israel, Yoav Gallant, as operações na região têm objetivo de desmantelar a rede de túneis utilizada como esconderijo pela liderança do grupo palestino.

“Estamos alcançando-os de todas as maneiras. Já existe engajamento e, infelizmente, há reféns lá [nos túneis]“, afirmou Gallant. “Continuaremos com esforços de alta intensidade no coração de Khan Younis.”

Gallant acrescentou que os soldados assumiram controle de supostos postos de lançamento de foguetes do Hamas, alguns em Khan Younis e um em Al-Bureij – no campo de refugiados, uma escola das Nações Unidas teria sido usada para lançar foguetes. Ao todo, 12 regimentos dos militantes teriam sido destruídos ao norte de Gaza.

Em contrapartida, os combatentes do Hamas e da Jihad Islâmica, um grupo terrorista aliado, afirmam que dispararam mísseis contra as tropas israelenses em Khan Younis, de forma a impedir mais avanços no território.

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+ Em nova estratégia, Israel diminui número de tropas militares em Gaza

Investida israelense

As intensas explosões nos últimos três meses reduziram grande parte do enclave palestino a escombros, provocando uma grave crise humanitária marcada pela fome e pela falta de recursos médicos. O superpovoado trecho, que abrigava 2,3 milhões de pessoas antes da guerra, foi alvo de um “cerco total” por Tel Aviv logo no início do conflito, com bloqueio do fornecimento de água, energia elétrica e combustíveis.

A Sociedade do Crescente Vermelho Palestino, organização humanitária que faz parte da Cruz Vermelha, informou que sua sede em Khan Younis foi atingida pelos israelenses, tendo provocado mais mortes e feridos e deixando várias pessoas desabrigadas. Médicos também relataram ataques contra o campo de refugiados de Al-Nusseirat, fazendo disparar o número de vítimas.

Acredita-se que cerca de 57 mil palestinos ficaram feridos desde a eclosão do confronto, entre eles mais de 8 mil crianças. Do outro lado, o brutal ataque do Hamas contra comunidades do sul de Israel ceifou 1.200 vidas e feriu cerca de 5 mil pessoas.

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Além disso, outras 7 mil pessoas estão desaparecidas em Gaza. Ao menos 450 corpos estão detidos em cemitérios e necrotérios de Israel, segundo a Campanha Nacional para a Recuperação dos Corpos das Vítimas da Guerra Palestinas e Árabes. 

+ Ministro de Israel pede retorno de judeus colonos à Faixa de Gaza

Nova fase da guerra

No domingo 31, o porta-voz das Forças de Defesa de Israel (FDI), Daniel Hagari, comunicou que o país iniciaria o processo de retirada de parte dos soldados da Faixa de Gaza, inaugurando uma nova etapa da guerra. Segundo Hagari, a iniciativa permitirá que parte dos reservistas retorne à vida civil para “aliviar significativamente o peso da economia e permitir-lhes reunir forças para as próximas atividades, uma vez que os combates continuarão e ainda serão necessários.”

A redução ocorre em meio a duras críticas dos Estados Unidos, que instaram seu aliado a reduzir a intensidade da operação militar em Gaza, em razão do elevado custo humano. Em dezembro, o secretário de Defesa americano, Lloyd Austin, alfinetou o governo israelense e disse que “só se pode vencer uma guerra urbana protegendo os civis”, depois do presidente Joe Biden já ter defendido que os “bombardeios indiscriminados” reduziriam o apoio internacional a Israel.

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