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Líbano presta queixa contra Israel ao Conselho de Segurança da ONU

Medida busca punição devido ao assassinato do número 2 do Hamas em Beirute, capital libanesa

Por Da Redação
Atualizado em 5 jan 2024, 13h28 - Publicado em 5 jan 2024, 13h28

O Líbano apresentou uma queixa contra Israel ao Conselho de Segurança das Nações Unidas nesta sexta-feira, 5, motivado pelo ataque com drones que matou o número 2 da ala política do Hamas, Saleh al-Arouri, em sua capital, Beirute, no início desta semana.

Tel Aviv não confirmou nem negou a autoria do ataque contra Arouri, cuja morte foi confirmada pelo grupo terrorista palestino. Beirute afirmou que o exército israelense disparou seis mísseis na ocasião, provocando baixas de outros cinco militantes do Hamas.

Na denúncia, o governo libanês qualifica o assassinato como “a fase mais perigosa” dos ataques de Israel ao seu país. O texto também critica o uso do espaço aéreo libanês por parte do exército israelense para realizar ataques aéreos regulares contra a Síria, que Tel Aviv alega serem necessários para evitar que milícias apoiadas pelo Irã se entrincheirem ao longo de sua fronteira leste.

+ Egito congela mediação entre Israel e Hamas após ataque em Beirute

A queixa, contudo, é em grande parte simbólica, já que a probabilidade de qualquer punição ou ação tangível contra Israel por parte do Conselho de Segurança é baixíssima.

O assassinato

O número dois da ala política do grupo militante palestino Hamas, Saleh al-Arouri, morreu na terça-feira 2 após um ataque israelense com drone em Beirute, segundo a agência de notícias Reuters. Israel não negou nem confirmou o ataque, mas Mark Regev, um conselheiro do primeiro-ministro Benjamin Netanyahu, disse à rede americana MSNBC que “quem fez, precisa ser claro: este não é um ataque ao Estado libanês”.

+ Ataque do Hezbollah fere israelenses e guerra ameaça adentrar Beirute

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Acusado por Israel e pelos Estados Unidos de financiar e supervisionar operações militares do Hamas na Cisjordânia ocupada, al-Arouri, de 58 anos, era cofundador da ala militar do Hamas, as Brigadas Izzedine Al-Qassam. 

O primeiro-ministro interino do Líbano, Najib Mikati, condenou a explosão como um “novo crime israelense” e disse se tratar de uma tentativa de levar o Líbano à guerra.

Hezbollah

A região de Dahiyeh, na capital libanesa, também tem forte presença do Hezbollah, uma organização fundamentalista xiita designada como grupo terrorista por países ocidentais, por Israel, pelos países do Golfo Árabe e pela Liga Árabe. Financiada pelo Irã, é uma das forças militares não estatais mais fortemente armadas do mundo.

+ Hezbollah diz que quatro membros foram mortos em ataque israelense

O líder do Hezbollah, xeque Hassan Nasrallah, afirmou em um discurso nesta sexta-feira que seus comandados lançaram 670 ações contra o norte de Israel desde o início da guerra em Gaza, em 7 de outubro. O grupo, que já lutou diversas guerras com os israelenses apoia o Hamas – e ambos são financiados por Teerã.

A fala de Nasrallah, que também pediu vingança pelo ataque israelense que matou Arouri na terça-feira 2, pode ser um aceno aos que pressionam o Hezbollah a entrar no conflito com força total, cenário que poderia ser grave para Israel.

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+ Quem é o Hezbollah e como o grupo libanês pode complicar guerra em Israel

Fim da solução diplomática?

Pouco antes da virada do ano, o ministro sênior israelense Benny Gantz, membro do gabinete emergencial de guerra, afirmou que a situação da fronteira do país com o Líbano “precisa mudar”, indicando a possibilidade de uma escalada militar com o grupo armado Hezbollah.

+ Israel alerta para escalada bélica com Líbano por confrontos na fronteira

A repórteres, Gantz disse que a chance de uma solução diplomática para as disputas entre Israel e grupos armados no sul do Líbano está se afastando cada vez mais.

“A situação na fronteira norte de Israel precisa mudar”, disse Gantz em entrevista coletiva. “O cronômetro para uma solução diplomática está se esgotando, se o mundo e o governo libanês não agirem para impedir os disparos contra os residentes do norte de Israel e para distanciar o Hezbollah da fronteira, os [militares israelenses] farão isso”.

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