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EUA declararam ‘guerra econômica’ contra a Rússia, diz Kremlin

De acordo com o porta-voz do governo russo, o país está considerando respostas às novas proibições

Por Matheus Deccache Atualizado em 9 mar 2022, 13h30 - Publicado em 9 mar 2022, 13h28

O governo de Vladimir Putin acusou os Estados Unidos nesta quarta-feira, 9, de declarar uma “guerra econômica” contra a Rússia depois do anúncio do presidente norte-americano, Joe Biden, de que iria proibir a importação de petróleo russo. Além disso, o Kremlin alertou Washington que está considerando respostas a essa proibição.

A economia do país passa pela sua maior crise econômica desde o fim da União Soviética, em 1991, depois que o Ocidente vem aplicando uma série de sanções a quase todo o sistema financeiro e corporativo russo após a invasão à Ucrânia.

+ Rússia diz que não pretende derrubar governo da Ucrânia

O porta-voz do Kremlin, Dmitry Peskov, classificou as medidas como um ato hostil que agitou os mercados globais e disse não saber até onde irão as turbulências no setor de energia. 

“Você vê todo esse bacanal hostil criado pelo Ocidente e é claro que devemos pensar seriamente em maneiras de responder. Vemos que a situação nos mercados de energia está se desenvolvendo de forma bastante turbulenta e não sabemos até onde essa turbulência irá”, disse ele.

Peskov se recusou a dar detalhes de como essa resposta será dada, porém, de acordo com o Kremlin, haverá uma reunião entre o presidente, Vladimir Putin, e o governo na próxima quinta-feira com o intuito de encontrar formas que minimizem o impacto das sanções.

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A tentativa do Ocidente de cortar a Rússia – um dos maiores exportadores mundiais de petróleo, gás e metais – atingiu os mercados de commodities e aumentou o espectro da inflação em espiral em todo o mundo.

De acordo com Putin, a “operação militar especial” na Ucrânia é essencial para garantir a segurança da Rússia na região depois que os Estados Unidos e a Otan ampliaram a expansão em direção ao leste europeu e apoiaram líderes pró-ocidentais em Kiev. 

A China, segunda maior economia mundial que tem se aproximado economicamente da Rússia, pediu por moderação, ao mesmo tempo que o presidente, Xi Jinping, alertou que as sanções irão desacelerar a economia global. 

+ Em reunião, China apoia diplomacia, mas condena sanções à Rússia

Em resposta, o vice-conselheiro de segurança nacional da Casa Branca, Daleep Singh, disse que a guerra é “uma grande e desnecessária agressão e que os Estados Unidos avisaram desde o princípio que os custos aumentariam à medida que a agressão continuasse”.

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O Kremlin alertou na última segunda que o preço do barril de petróleo poderia atingir os 300 dólares caso os americanos e a União Europeia proibissem as importações de petróleo da Rússia. Também na segunda, o Brent, sigla que acompanha a cotação do petróleo, atingiu 139 dólares, maior valor desde 2008. 

A Europa consome cerca de 500 milhões de toneladas do produto por ano e 30% é fornecido pelos russos, além de 80 milhões de toneladas de petroquímicos. Questionado sobre a proibição das importações russas de petróleo e energia anunciada pelo presidente Joe Biden, Peskov disse que a Rússia tem sido, é e será um fornecedor confiável de energia. 

No entanto, Moscou estaria pensando seriamente sobre uma resposta. 

“A situação exige uma análise bastante profunda. A Rússia fará o que for necessário para defender seus interesses. Os Estados Unidos definitivamente declararam guerra econômica contra nós”, disse ele. 

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