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Justiça espanhola arquiva caso de corrupção contra Garzón

A justiça espanhola, que na semana passada condenou o juiz Baltasar Garzón a 11 anos de desqualificação profissional por ter ordenado escutas ilegais durante uma investigação, arquivou nesta segunda-feira outro caso contra o magistrado, este por suposta corrupção. O juiz, mundialmente conhecido pela detenção do ex-ditador chileno Augusto Pinochet em 1998 em Londres, havia sido […]

Por Por Anna Cuenca
13 fev 2012, 12h18
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  • A justiça espanhola, que na semana passada condenou o juiz Baltasar Garzón a 11 anos de desqualificação profissional por ter ordenado escutas ilegais durante uma investigação, arquivou nesta segunda-feira outro caso contra o magistrado, este por suposta corrupção.

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    O juiz, mundialmente conhecido pela detenção do ex-ditador chileno Augusto Pinochet em 1998 em Londres, havia sido acusado de corrupção após arquivar uma denúncia de crime fiscal contra um banco espanhol que, junto a outras empresas, havia financiado alguns cursos que ele ministrou em Nova York.

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    Apesar de considerar que existiam indícios de um crime, o juiz do Supremo Tribunal Manuel Marchena decidiu arquivar o caso por “prescrição dos fatos imputados”.

    Cinco grandes empresas espanholas – BSCH (atual Banco Santander), BBVA, Telefónica, Cepsa e Endesa – patrocinaram uma série de palestras que o magistrado espanhol ministrou em 2005 e 2006 na Universidade de Nova York.

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    “O réu entrou em contato com autoridades de diferentes empresas espanholas exigindo ajuda econômica para a realização de seus cursos”, ressaltou o juiz, informando que a soma chegou a quase 1,24 milhão de dólares.

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    Quatro destas empresas “tinham em comum ter sido alvo de investigação por fatos imputados a seus diretores” na Audiência Nacional, principal instância penal espanhola na qual Garzón era juiz, acrescentou.

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    No entanto, o juiz deu razão à defesa e à procuradoria, que defendiam a prescrição do caso, já que o último patrocínio foi recebido em maio de 2006 e a acusação apresentada em junho de 2009, ou seja, mais de três anos depois.

    A acusação pedia cinco anos de prisão e 30 de desqualificação para Garzón, de 56 anos, que na quinta-feira já havia sido expulso de sua carreira.

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    O Supremo Tribunal o condenou a 11 anos de desqualificação profissional por considerar que vulnerou o direito à defesa ao ordenar a gravação de conversas na prisão entre advogados de defesa e seus clientes, supostos chefes de uma rede corrupta que em 2009 atingiu funcionários de alto escalão do Partido Popular, que agora governa a Espanha.

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    O juiz está à espera de outra sentença, em um controverso julgamento que despertou grande expectativa dentro e fora da Espanha, por querer investigar o destino de mais de 114 mil desaparecidos durante a Guerra Civil (1936-39) e a ditadura franquista (1939-75), apesar de uma Lei de Anistia.

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    Se for declarado culpado, o magistrado pode ser condenado a até 20 anos de prisão, além da desqualificação profissional.

    A coincidência destes três casos levou seus partidários a denunciarem uma manobra política contra um magistrado que investigou questões delicadas e midiáticas que lhe valeram o apelido de “juiz estrela”.

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