O juiz espanhol Baltasar Garzón foi acusado nesta sexta-feira de suborno pela Corte Suprema da Espanha, que julga o magistrado por ter recebido patrocínio de diversas entidades para cursos que realizou em Nova York em 2005 e 2006. Segundo fontes do tribunal, há um prazo de dez dias para que as partes formulem por escrito a acusação ou peçam o arquivamento do caso, como previsivelmente fará a Procuradoria.
Garzón poderia enfrentar uma pena de multa, já que na data na qual possivelmente foram cometidos os crimes não é aplicada a última reforma do Código Penal, de junho de 2010, que castiga o suborno com pena de prisão de seis meses a um ano e suspensão de emprego e cargo público por um período de um a três anos.
A denúncia perante a Corte Suprema está relacionada ao dinheiro que Garzón teria recebido do Banco Santander para cursos na Universidade de Nova York, entre 2005 e 2006. A acusação relaciona uma quantia de 300.000 dólares pela decisão do juiz de não admitir o trâmite de uma acusação contra diretores da instituição financeira.
Esta é a última dos processos abertos contra o juiz espanhol na Corte Suprema, onde já foi julgado por prevaricação por ordenar escutas no caso de corrupção Gürtel e ainda responde pelo mesmo delito por ter se declarado competente para investigar os crimes do franquismo.
(Com agência EFE)