Jovem suspeito de realizar ataques virtuais pró-WikiLeaks é preso
Adolescente de 16 anos teria participado de ofensivas cibernéticas contra sites de empresas
Um jovem de 16 anos foi preso, nesta quinta-feira, em Haia, por suspeita de envolvimento nos ataques virtuais contra sites de empresas de cartão de crédito que cortaram os pagamentos ao WikiLeaks. A informação foi divulgada por um comunicado emitido pelo gabinete de promotores holandeses.
A nota informa que o adolescente teria participado dos ataques promovidos por ativistas pró-WikiLeaks contra as páginas de empresas como a MasterCard, PayPal e outras. Contudo, o texto não revela a identidade do suspeito nem especifica qual teria sido a participação dele nas ofensivas cibernéticas.
Os hackers começaram a agir depois que as empresas de cartão e um banco suíço cortaram os pagamentos ao WikiLeaks. A promotoria da Suécia – onde o fundador do portal de denúncias, Julian Assange, é acusado de crimes sexuais- também foi atacado.
Os militantes virtuais dizem que se trata de uma manifestação pela liberdade na internet, já que algumas destas companhias teriam sofrido pressão dos EUA para cortar vínculos com Assange.
Por enquanto, a Justiça americana não encontrou meios legais de processar o australiano pelo vazamento de comunicações diplomáticas das embaixadas dos EUA. Mas, o jornalista está detido na Inglaterra desde que a Interpol emitiu uma ordem de prisão, repassada pela Suécia, onde Assange é acusado de crimes sexuais.
O fundador do WikiLeks deve ser mantido em custódia até o dia 14 de dezembro, sem direito a fiança. O portal é responsável pelo vazamento de 250.000 documentos diplomáticos americanos, que colocaram os EUA em situações constrangedoras.