Um limitado grupo de jornalistas entrou neste sábado na usina nuclear de Fukushima Daiichi pela primeira vez desde o início da crise atômica no Japão, iniciada em 11 de março deste ano, em uma visita guiada e organizada pelo governo japonês, informa a agência de notícias local ‘Kyodo’. Equipados com trajes de proteção, eles inspecionaram o complexo de Fukushima durante três horas acompanhados pelo ministro japonês encarregado da crise nuclear, Goshi Hosono.
Até agora, a empresa administradora da usina, Tokyo Electric Power Company (Tepco), não tinha permitido a entrada da imprensa no local por considerar que os níveis de radiação eram altos demais. Segundo a companhia, a radiação emitida pela central caiu de forma considerável nos últimos meses.
Os jornalistas também visitaram a base de operações de onde são coordenados os trabalhos de limpeza na área e o acampamento no qual estão alojados os operários e membros das Forças de Autodefesa japonesas, situado em um campo de futebol a cerca de 20 quilômetros da usina – informou a emissora televisão local ‘NHK’. Durante a visita, os jornalistas puderam comprovar o funcionamento dos equipamentos de medição de radiação da central e examinar uma área de armazenamento de resíduos.
Segundo a Tepco, as condições de vida dos operários melhoraram nos últimos oito meses. Eles, que antes dormiam no chão, já contam com uma clínica e um refeitório aberto durante o dia todo.
(Com Agência EFE)