Israel registra novo recorde diário de casos de Covid-19
Apesar da alta, o número de casos graves se mantém na casa dos 100, segundo autoridades do Ministério da Saúde
O governo de Israel registrou nesta quarta-feira, 5, o maior número de contágios diários desde o início da pandemia, com quase 12.000 novas infecções. Apesar da alta, o número de casos graves se mantém na casa dos 100, segundo autoridades de saúde.
O recorde de 11.938 contágios divulgados pelo Ministério da Saúde superam os 11.345 registrados em 2 de setembro, quando o país sofria com a quarta onda impulsionada pela variante Delta.
Enquanto os contágios triplicaram em relação à semana passada, o número de casos graves não acompanhou a mesma taxa. Eles passaram de 85 a 117, incluindo 38 pessoas que precisam de respiradores.
O país havia alertado sobre a rápida propagação comunitária do vírus, tendo fechado suas fronteiras no final de dezembro. Em decisão anunciada nesta semana, antes da divulgação do recorde de casos, as fronteiras seriam reabertas a partir do próximo domingo para turistas vacinados de países em taxas altas de infecções.
“Esta é uma variante muito, muito contagiosa, como podemos ver. A mortalidade aumenta e aumenta todos os dias. A melhor resposta é a vacina”, destacou o diretor-geral do Ministério da Saúde, Nachman Ash.
Em Israel, uma pessoa não é considerada totalmente vacinada até receber a terceira dose da vacina. Em julho, o país passou a oferecer reforços da vacina para maiores de 60 anos e, em agosto, passou a disponibilizá-los para qualquer pessoa com mais de 16 anos, cinco meses após a segunda dose da vacina.
Em paralelo, o país também começou a aumentar outro indicador, o de vacinados com a quarta dose do imunizante, anunciada em 21 de dezembro, em meio aos temores do avanço da variante ômicron.
“O estudo inicial a respeito da quarta dose mostra que em aproximadamente uma semana depois de receber a quarta dose há um aumento de quase cinco vezes no número de anticorpos no sangue”, disse o premiê israelense, Naftali Bennett, no Centro Médico Sheba, responsável pelo estudo.
Além da vacinação para evitar quadros graves da doença, o país também aposta em outros tratamentos e já administra em pacientes a pastilha da Pfizer, Paxlovid, além de ter aprovado no último domingo o uso da pílula da Merck, que espera receber em breve a primeira leva.
Com 9,4 milhões de residentes, Israel registra hoje quase 6 milhões de vacinados com as duas doses e 4,2 milhões vacinados com a terceira.