Israel diz que navio interceptado no Mar Vermelho carregava 40 foguetes
Armamento que teria a Faixa de Gaza como destino tem alcance de até 160 km; autoridades acusam o Irã
O exército israelense informou neste domingo que o navio interceptado nesta semana no Mar Vermelho carregava quarenta foguetes com alcance de até 160 quilômetros, entre outros armamentos. Os israelenses acusam o governo do Irã de ser o responsável pela carga, que teria como destino a Faixa de Gaza, região controlada pelo grupo terrorista Hamas.
“O exército concluiu o descarregamento e inspeção dos contêineres descobertos a bordo do navio Klos-C 5. Foram achados a bordo 40 foguetes do tipo M-302, de um alcance de até 160 km, 181 morteiros de 122mm, e 400 000 balas de calibre 7.62”, afirma um comunicado do exército.
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O navio interceptado no Mar Vermelho, a mais de 1.600 quilômetros ao sul de Israel entre as costas do Sudão e da Eritreia, chegou no sábado ao porto israelense de Eilat. A marinha israelense anunciou a intercepção na quarta-feira, justamente em meio a uma visita do primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, aos Estados Unidos, onde o chefe de governo fez uma série de discursos em que pediu que a comunidade internacional tome ações mais enérgicas contra o Irã e seu programa nuclear.
“Quando fala com as grandes potências mundiais, o Irã sorri e diz coisas agradáveis, mas este mesmo Irã envia armas mortíferas às organizações terroristas”, acusou em um comunicado o primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu. “Faz isso através de uma rede de operações secretas para enviar foguetes, mísseis e outras armas mortais que serão utilizadas para prejudicar civis inocentes. É o verdadeiro Irã e este país não deve se dotar de armas nucleares”, acrescentou.
O Irã negou o teor das acusações israelenses e ironizou a coincidência entre a operação e a visita aos Estados Unidos de Netanyahu. Já o grupo terrorista Hamas, que controla a Faixa de Gaza, declarou, segundo a rede BBC, não ter qualquer tipo de envolvimento com o caso e disse que ação é apenas uma desculpa para manter o bloqueio israelense contra a Faixa de Gaza.
(Com agência France-Presse)