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Israel culpa Irã por agressões e ataca túneis do xiita Hezbollah

Governo de Benjamin Netanyahu acusa Teerã de equipar grupo extremista libanês com mísseis de precisão para atacar território israelense

Por Da Redação
Atualizado em 4 dez 2018, 19h40 - Publicado em 4 dez 2018, 16h25

O Exército israelense anunciou, nesta terça-feira, 4, o lançamento de uma operação para destruir túneis do movimento xiita Hezbollah próximos à fronteira do país com o Líbano. A operação, batizada “Escudo do Norte“, é o último capítulo no confronto com a organização, simpática ao governo iraniano e considerada um dos grandes inimigos de Israel.

A medida acontece no dia seguinte a uma reunião entre o primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, e o secretário de Estado americano, Mike Pompeo, em Bruxelas, que inicialmente não havia sido anunciada. Netanyahu informou que o encontro teve o intuito de tratar “das ações que adotamos conjuntamente para deter as agressões do Irã e seus cúmplices”.

Na abertura dos trabalhos da Assembleia-Geral das Nações Unidas, em setembro, o primeiro-ministro de Israel também acusou o Irã de tentar equipar o Hezbollah com mísseis de precisão para bombardear seu país.

Netanyahu se encontra em uma situação delicada quanto à sua política interna, depois que a polícia israelense recomendou no domingo 2 sua acusação à Justiça em um terceiro caso de corrupção.

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Nos últimos anos, o confronto de Israel com o Hezbollah teve o território sírio como principal cenário. Mas as autoridades israelenses recentemente denunciaram suas atividades no Irã e Líbano. Segundo o tenente-coronel Jonathan Conricus, envolvido na operação, trata-se de “túneis de ataque” que não são ainda operacionais e não representam risco imediato para a população.

“Lançamos a operação ‘Escudo do Norte’ para terminar com a ameaça dos túneis de ataque da organização terrorista Hezbollah, que vão da fronteira do Líbano até Israel”, declarou Conricus.

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O militar sublinhou o compromisso do Exército de atuar somente no território israelense, em um perímetro militar próximo à cidade de Metula. “Consideramos as atividades do Hezbollah como uma violação flagrante da soberania israelense, o que volta a refletir o menosprezo total do Hezbollah às resoluções da ONU“, criticou.

Em 11 de agosto de 2006, a resolução 1.701 do Conselho de Segurança da ONU encerrou 33 dias de uma guerra que deixou 1.200 mortos no lado libanês e 160, no israelense.  Após vários conflitos, os dois países continuam tecnicamente em estado de guerra, mas a situação na fronteira se manteve relativamente calma nos últimos anos.

Israel constrói atualmente uma barreira para deter tentativas de invasão do Hezbollah, com uma cerca já erguida. O objetivo futuro é levantar um muro, com uma extensão de 130 quilômetros, ao longo da fronteira com o Líbano.

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(Com AFP)

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