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Islamitas manifestam-se no Cairo; quatro mortos no Sinai

Centenas de milhares de pessoas participaram nesta sexta-feira de uma manifestação no Cairo, o maior protesto no Egito organizado desde a queda, em fevereiro, do presidente Hosni Mubarak, convocada essencialmente por islamitas, em meio a uma frágil transição política. Manifestações menores foram realizadas em outras localidades, entre elas El Arich, no norte do Sinai. Nessa […]

Por Khaled Desouki
29 jul 2011, 20h29
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  • Centenas de milhares de pessoas participaram nesta sexta-feira de uma manifestação no Cairo, o maior protesto no Egito organizado desde a queda, em fevereiro, do presidente Hosni Mubarak, convocada essencialmente por islamitas, em meio a uma frágil transição política.

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    Manifestações menores foram realizadas em outras localidades, entre elas El Arich, no norte do Sinai.

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    Nessa região, cerca de 150 homens armados abriram fogo matando três civis e um capitão do exército, e ferindo doze recrutas, anunciaram o Ministério da Saúde e a agência oficial Mena.

    Os atiradores levavam bandeiras com slogans islâmicos.

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    Na Praça Tahrir, no centro da capital egípcia, os manifestantes procedentes de todo país fizeram uma grande demonstração de força.

    Milhares de opositores se reuniram durante a noite e pela manhã para uma manifestação prevista para após a oração semanal muçulmana.

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    Alguns gritavam slogans a favor da instauração de um “Estado islâmico”.

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    Esta manifestação, convocada pela Irmandade Muçulmana, aliada a diversos grupos muçulmanos fundamentalistas, suscitou temores de confrontos com os militantes das organizações laicas que acampam na famosa Praça Tahrir do Cairo desde 8 de julho.

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    Na semana passada, os islamitas haviam preparado sua própria marcha, acusando os manifestantes laicos de ir contra “a identidade islâmica” do Egito.

    Mas após dois dias de negociações, laicos e islamitas quiseram deixar de lado suas divergências para salvar os ideais da revolta popular de janeiro-fevereiro, que causou a queda de Mubarak.

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    Pelo menos 15 partidos e outras formações políticas participavam da manifestação.

    Entre suas reivindicações, estão o fim dos processos militares de civis, o comparecimento de dignitários do antigo regime e a redistribuição da riqueza.

    De pé nos pódios instalados ao redor da praça, os oradores pediram a associação e a unidade, mas a multidão convocou o Egito a “aplicar a lei de Deus”.

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    Desde 8 de julho, os manifestantes, em sua maioria laicos – islamitas rejeitaram até agora participar dos protestos – ocupam a praça Tahrir, epicentro da revolta, para denunciar a lentidão das reformas prometidas pelo exército no poder.

    Os militares também são acusados de violações dos Direitos Humanos e de recorrer aos métodos da época de Mubarak para separar os opositores.

    Na semana passada, o Exército havia acusado o movimento de 6 de abril (os militantes pela democracia) de “dividir o povo e o exército”.

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    O Conselho Supremo das Forças Armadas (CSFA) também convocou “o povo à vigilância e a não cair no complô suspeito com o objetivo de minar a estabilidade do Egito”.

    O marechal Hussein Tantawi, que lidera o CSFA e leva as rédeas do país, prometeu lançar as “bases de um Estado democrático defensor da liberdade e dos direitos dos cidadãos”.

    As legislativas foram anunciadas para o outono e devem anteceder a redação de uma nova Constituição e a realização de eleições presidenciais.

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