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Irã: nenhuma proposta fará país parar de enriquecer urânio

Bravatas ocorrem após AIEA revelar suspeitas sobre atividade nuclear iraniana

Por Da Redação
7 jun 2011, 20h04
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  • Nenhuma proposta vinda das potências mundiais será capaz de convencer o Irã a parar de enriquecer urânio, disse nesta terça-feira o presidente do país, Mahmoud Ahmadinejad. As declarações, que representam mais uma provocação contra o Ocidente, ocorrem um dia após a agência de energia atômica da Organização das Nações Unidas (AIEA) revelar novas suspeitas sobre a atividade nuclear da República Islâmica.

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    O diretor-geral da AIEA, Yukiya Amano, disse na segunda-feira que a agência recebeu “informações que parecem indicar a existência de possíveis desdobramentos militares do programa nuclear do Irã”. A afirmação contradiz a posição do Irã, insistindo que a atividade nuclear do país é totalmente voltada para fins pacíficos.

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    Ahmadinejad deixou clara a sua insatisfação com o diretor japonês da AIEA, que adotou uma abordagem mais dura que seu antecessor, o egípcio Mohamed ElBaradei. Ele acusou a AIEA de fazer o jogo de Washington e disse que os avanços de Teerã na área nuclear não têm “nem freio nem marcha a ré”.

    “Sob as ordens da América, a AIEA escreveu algumas coisas num relatório que são contra a lei e contra as regulações da agência”, disse Ahmadinejad a jornalistas. “Isso não tem valor legal e, além de prejudicar a reputação da agência, não terá nenhum outro efeito.”

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    “Eu já disse antes que esse trem nuclear do Irã não tem freios nem marcha ré… Continuaremos o nosso caminho”, afirmou Ahmadinejad, acrescentando que o Irã continuaria a cooperar com a AIEA se a agência agisse “com base na justiça”.

    Questionado se as potências mundiais poderiam oferecer algum incentivo para interromper o enriquecimento feito pelo Irã, ele respondeu com uma palavra: “Não”.

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    Sanções – Teerã afirmou ainda que as sanções impostas por Washington, pela Europa e pela ONU não atingiram a economia do país e insiste que não será forçado a desistir do que considera seu direito soberano de enriquecer urânio: um processo que tanto pode produzir combustível para usinas nucelares quanto fornecer material para uma bomba.

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    O Irã ocultou durante quase duas décadas suas atividades nucleares, razão pela qual os Estados Unidos e seus aliados ocidentais temem que, sob um suposto programa nuclear civil, o país queira desenvolver armas atômicas. A hipótese é rechaçada pelo governo da República Islâmica, que diz que as acusações sobre supostos aspectos militares de seu programa nuclear são manipuladas e se nega a debater este assunto com a AIEA.

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    Crise – As bravatas ocorrem em meio a uma grave crise política interna no Irã. As tensões entre Ahmadinejad e os conservadores têm crescido nos últimos dois meses, após o presidente ter emitido uma série de decretos que demitiram ministros e promoveram a fusão de três ministérios. A demissão do ministro do Petróleo e o desmantelamento da pasta foram particularmente controversos, por causa do peso da indústria petrolífera no Irã.

    Em maio, as divergências chegaram à autoridade máxima do Irã, o aiatolá Ali Khamenei, que possui poder de decisão e veto sobre todos os assuntos de estado. O aiatolá confrontou o presidente e ordenou que ele recuasse da demissão do ministro da Inteligência. Ahmadinejad tem ignorado as acusações e argumenta que é o segundo homem mais poderoso do Irã. Ele também afirma agir dentro dos direitos constitucionais.

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    (Com agência Reuters)

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