Intensos tiroteios e explosões eram ouvidos nesta sexta-feira na cidade de Homs, no centro da Síria, um dos focos da oposição ao regime do presidente Bashar al-Assad, informou o Observatório Sírio de Direitos Humanos (OSDH).
“Fortes tiroteios e explosões podiam ser ouvidos nos bairros de Bab Dreib, Bab Sebaa e Bab Hod em Homs”, 160 km ao norte de Damasco, indicou em um comunicado o OSDH, com sede na Grã-Bretanha, acrescentando que até o momento ninguém ficou ferido.
Por sua vez, uma manifestação ocorreu em Maaret al Numan, na província de Idleb, perto da fronteira turca.
Os manifestantes, que saíam de várias mesquitas, pediram a queda do regime, “apesar de uma grande mobilização de agentes de segurança e da chegada de reforços”, segundo a mesma fonte.
Em Deir Ezzor (leste) eram ouvidos tiros em várias ruas, para onde centenas de manifestantes saíram após a oração muçulmana semanal.
Já os Comitês de Coordenação Locais (LCC), que organizam as manifestações contra o regime, convocaram desfiles na província de Damasco, nas cidades costeiras de Banias e de Latakia e em Amuda, no nordeste da Síria.
Segundo a ONU, a repressão ao movimento opositor deixou mais de 2.900 mortos desde o dia 15 de março na Síria, onde doze pessoas morreram na quinta-feira em confrontos entre soldados e desertores.
Os militantes partidários da democracia seguem determinados a conquistar a queda do presidente Assad e convocaram através do Facebook manifestações novamente para esta sexta-feira.
O lema do protesto é “O Conselho Nacional Sírio (CNS) é nosso representante, o meu, o seu e o de todos os sírios”.
O CNS, instância representativa da oposição, deve se reunir no sábado no Cairo para dotar-se de uma direção, indicou à AFP na quinta-feira Burhan Ghaliun, figura histórica da oposição e membro do CNS.
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