As autoridades da província japonesa de Okinawa autorizaram nesta sexta-feira a transferência da base militar americana de Futenma para a zona norte da ilha principal da região, passo crucial para retirar o complexo militar da área urbana de Ginowan, onde fica. A mudança, porém, ainda depende da aprovação do município de Nago, onde está prevista a nova construção.
O governador de Okinawa, Hirokazu Nakaima, aprovou finalmente as obras na zona litorânea de Henoko, onde está projetada a nova base, após levar anos exigindo que a base fosse transferidas para fora da província.
Para tentar a conseguir a aprovação do governador Nakaima, o primeiro-ministro Shinzo Abe apresentou nesta semana um pacote de medidas para diminuir a carga que representa a forte presença militar para a região e prestar apoio financeiro para estimular a economia local – Okinawa é a província mais pobre do país. A região abriga mais da metade dos cerca de 48 000 soldados que os Estados Unidos mantêm no Japão e 20% do solo da ilha principal de Okinawa é terreno militar americano.
A mudança da base está prevista desde 1996, quando EUA e Japão fecharam acordo para transferi-la. Mas há anos a mudança é emperrada pela forte oposição de políticos e da população local, que exigem a saída do complexo militar de Okinawa.
A base de Futenma, que ocupa cerca de 480 hectares, está situada no centro urbano da cidade de Ginowan, de 94 000 habitantes, e é completamente rodeada de casas e edifícios públicos, o que durante anos gerou protestos de seus cidadãos pelo barulho e pela possibilidade de acidentes.
O Executivo central japonês tenta há anos que o governo da província aceite construir a nova Futenma em Henoko, uma área com um ecossistema protegido situado no norte da mesma ilha. Tóquio fica agora pendente do resultado das eleições para a prefeitura de Nago, município no qual inscreve-se Henoko, cujas autoridades se negaram até agora a aprovar a mudança.
(Com agência EFE)