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‘Hollande não gosta de pobres, diz ex-mulher em livro

Valérie Trierweiler afirma que o presidente socialista se refere aos pobres como "desdentados", em um dos principais trechos do livro que fala também sobre traição e separação

Por Da Redação
3 set 2014, 18h59
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  • Valérie Trierweiler, a ex-companheira do presidente francês, François Hollande, vai lançar nesta quinta-feira um escandoloso livro de memórias. As 320 páginas descrevem, entre outras coisas, seu choque ao descobrir que estava sendo traída e até mesmo uma tentativa de suicídio. Mas um trecho eclipsou todos os outros: aquele em que ela afirma que o socialista não gosta dos pobres e se refere a eles como “desdentados”.

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    “Ele apresenta-se como um homem que não gosta dos ricos. Mas na realidade o presidente não gosta dos pobres. Ele, homem de esquerda, fala em privado nos ‘desdentados’, muito convencido de seu senso de humor”, diz um trecho reproduzido pela imprensa francesa. Com a revelação, a explosiva Valérie expõe uma faceta meio ‘Justo Veríssimo’ de Hollande. E proporciona mais uma dor de cabeça para o governante francês mais impopular desde Luís XVI.

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    A ex-companheira traída disfarçou e disse que não gostou da repercussão dessas poucas palavras, ressaltando que outros trechos descrevem “sua admiração” por Hollande. Mas ela já tinha aprontado com o presidente quando os dois ainda estavam juntos, nas eleições legislativas de 2012, quando fez a picuinha de apoiar pelo Twitter um adversário da ex de Hollande, Ségolène Royal.

    Sua atual ‘irritação’ com a repercussão que deve favorecer as vendas de seu livro também não se sustenta quando confrontada a outras passagens constrangedoras para o ex-presidente. Um trecho descreve que após a traição, Hollande tentou reconquistá-la “como se eu fosse uma eleição” e que o presidente chegou a enviar 29 mensagens de texto para ela em um único dia – algumas durante intervalos de encontros com Barack Obama e Vladimir Putin.

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    O livro foi escrito nos últimos meses praticamente em segredo e está sendo descrito pela imprensa francesa como a “vingança de uma mulher ferida”. Os primeiros trechos foram divulgados pela revista Paris Match, publicação para a qual a jornalista Valérie trabalha desde o final dos anos 80. Olivier Royant, editor-chefe da publicação, disse à rede BFMTV que Hollande só soube agora da existência do livro, que vai ter uma tiragem de 200.000 exemplares.

    Tentativa de suicídio – Valérie, de 49 anos, viveu com Hollande no palácio presidencial durante um ano e meio, até que, em janeiro, a revista Closer expôs o relacionamento secreto do presidente com a atriz Julie Gayet, de 42 anos. A separação foi anunciada duas semanas depois de o romance clandestino ter se tornado público. E depois de um período de internação de Valérie que, no livro, conta que o presidente chegou a inutilizar calmantes que ela havia tentado engolir durante o processo de separação.

    “A notícia sobre Julie Gayet estava no noticiário da manhã”, diz um trecho do livro, intitulado “Merci pour ce Moment” (Obrigada por este Momento). “Eu corro para o banheiro. Pego essa sacola de plástico com os calmantes. François me segue. Ele tenta rasgar a sacola… Ele pega a sacola e rasga… Eu consigo juntar algumas delas. Eu quero dormir, eu não quero viver nas próximas horas”.

    Valérie também escreve sobre seu próprio ciúme “incontrolável” em relação a Ségolène Royal, a ex-mulher de Hollande, com quem ele teve quatro filhos e que agora é ministra em seu governo.

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    O gabinete presidencial não fez comentários sobre os trechos divulgados pela imprensa. Aliados apressaram-se para conter qualquer dano potencial ao presidente. O ministro da Agricultura, Stéphane Le Foll, amigo de Hollande, disse que o país tinha assuntos mais importantes a tratar do que a vida privada do presidente.

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