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Holanda detém 184 pessoas em 3ª noite de protesto contra toque de recolher

Pessoas atacaram policiais, quebraram janelas, saquearam lojas e vandalizaram carros; prefeito de Roterdã diz que são 'bandidos sem vergonha'

Por Da Redação
Atualizado em 4 jun 2024, 14h10 - Publicado em 26 jan 2021, 15h25
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  • Na Holanda, ao menos 184 manifestantes foram presos na noite desta terça-feira, 26, após confrontos com a polícia. Esta foi a terceira madrugada de protestos contra a implementação de um toque de recolher devido à pandemia do novo coronavírus.

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    O chefe da polícia holandesa, Willem Woelers, confirmou as detenções, que aconteceram em diferentes cidades, mas o número pode ser ainda maior. Nas cidades de Den Bosch e Roterdã, onde os confrontos foram mais intensos e houve intervenção da tropa de choque, prisões foram feitas durante a madrugada e podem não ter sido divulgadas ainda.

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    Em Den Bosch, o protesto começou no início do toque de recolher, às 21h locais (17h no horário de Brasília), após organização nas redes sociais. Dezenas de pessoas atacaram policiais com fogos de artifício, quebraram janelas, saquearam um supermercado e uma loja de eletrônicos, e vandalizaram carros e mobiliário público.

    “Nunca tinha se ouvido falar do que aconteceu esta noite. Essas pessoas estão completamente alheias ao medo, preocupação, mágoa e vergonha que afligem aos moradores da cidade. Muitos bandidos arruinaram tudo para muitas outras pessoas. Nós não entendemos nada sobre este comportamento”, disse Jack Mikkers, o prefeito da cidade.

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    Segundo Mikkers, a tropa de choque demorou para chegar à manifestação e isso permitiu que o grupo deixasse “um rastro de destruição inimaginável”. Os agentes também atuaram nos municípios de Helmond, Oss e Eindhoven, o que pode ter atrasado sua chegada a Den Bosch.

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    No sul de Roterdã, um grupo de cerca de 200 pessoas iniciou um confronto com a polícia, atirando pedras e fogos de artifício. Como no restante do país, saquearam lojas, quebraram vidraças e chegaram a tentar atear fogo a um carro da polícia.

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    Os agentes de segurança usaram canhões de água para dispersar o grupo. Quando um grupo de policiais foi encurralado por manifestantes, também atiraram para o alto como aviso.

    “[São] bandidos sem vergonha, não posso dizer mais nada”, disse Ahmed Aboutaleb, prefeito de Roterdã. “Tivemos que ameaçar usar gás lacrimogêneo, uma medida de longo alcance. Nunca tive que fazer algo assim em toda a minha carreira”, acrescentou.

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    Em outras partes do país, como na parte oriental de Amsterdã, Haarlem, Haia, Geleen, Helmond, Zwolle, Almelo, Breda e Tilburg, a situação foi controlada mais rapidamente.

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    Esta foi a terceira noite de tumultos desde que o toque de recolher entrou em vigor no país no último sábado, uma resposta à ameaça das novas variantes mais infecciosas do coronavírus.

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    Segundo o jornal britânico The Guardian, um importante criminologista holandês, Henk Ferwerda, disse que os distúrbios envolveram “negacionistas do vírus, manifestantes políticos e jovens que viram a chance de fazer algo selvagem”. Alguns protestos começaram pacíficos e foram “sequestrados” por pessoas violentas, outros pareciam “intencionalmente” planejados para causar problemas.

    A polícia disse que 300 pessoas foram detidas no sábado e no domingo depois que jovens atiraram pedras – e até facas – contra policiais, atacaram um hospital e incendiaram uma estação de testes de diagnóstico para Covid-19. Mais de 5.700 multas foram emitidas por violações ao toque de recolher.

    (Com AFP)

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