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Hezbollah diz que ataque israelense ao Líbano matou comandante de elite

Grupo xiita libanês, apoiado pelo Irã e aliado do Hamas, identificou a liderança como Wissam al-Tawil

Por Da Redação
8 jan 2024, 10h41

O grupo xiita radical libanês Hezbollah, aliado da organização terrorista palestina Hamas, disse nesta segunda-feira, 8, que um dos seus comandantes foi morto por um ataque israelense no sul do Líbano, aumentando os temores de que a guerra na Faixa de Gaza possa transbordar para outros países do Oriente Médio e se tornar um conflito regional mais amplo.

Em comunicado, o Hezbollah identificou o comandante como Wissam Hassan Al-Tawil. De acordo com a agência de notícias Reuters, ele era chefe da unidade de elite Radwan – que, segundo Israel, pretende infiltrar-se na sua fronteira norte.

O grupo libanês afirmou que Al-Tawil foi morto num ataque em Khirbet Selm, uma aldeia no sul do Líbano, a cerca de quinze quilômetros da fronteira israelense. Tel Aviv ainda não fez comentários sobre o ataque.

Tensões aumentam

Um dia antes, no domingo 7, militares israelenses afirmaram que haviam matado pelo menos sete membros do Hezbollah em ataques para destruir a unidade de Radwan, e que estavam prontos para atacar mais posições do grupo libanês.

O chefe do Estado-Maior militar israelita, tenente-general Herzl Halevi, disse que as suas forças estavam determinadas a manter a pressão sobre o Hezbollah e que se esses esforços fracassassem, Israel estava pronto para travar “outra guerra”.

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“Criaremos uma realidade completamente diferente ou chegaremos a outra guerra”, disse ele no domingo.

No sábado 6, ataques do Hezbollah danificaram uma base militar israelense, a Unidade de Controle Aéreo do Norte no Monte Meron. Foi um dos maiores ataques do grupo contra Israel ao longo dos meses de escaramuças na fronteira.

A milícia libanesa, apoiada pelo Irã e considerada uma das maiores forças paramilitares do mundo, prometeu apoio ao Hamas (também financiado por Teerã), e passou a fazer ataques de pequena escala na fronteira de Israel desde o início da guerra, há três meses. Nos últimos dias, intensificou os ataques em resposta ao assassinato, na semana passada, do número 2 do Hamas, devido a um ataque aéreo em Beirute.

Conflito regional

Os confrontos na fronteira israelo-libanesa aumentaram as preocupações de que a guerra em Gaza possa transformar-se num conflito regional mais amplo. Em solidariedade com o Hamas, a milícia houthi do Iêmen – ela também apoiada pelo Irã, que trava uma guerra civil contra o governo oficial desde 2014 – atacou navios no Mar Vermelho e lançou mísseis contra Israel. Os Estados Unidos, por sua vez, atingiram alvos no Iraque, enquanto Israel realizou investidas seletivas na Síria e no Líbano contra facções islâmicas locais.

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A posição de Tel Aviv é que só há duas opções para restaurar a estabilidade na fronteira libanesa: uma solução diplomática que afastaria as forças do Hezbollah da região, a norte do rio Litani; ou uma grande ofensiva militar contra o grupo xiita, que arrastaria mais um país para a guerra.

O secretário-geral do Hezbollah, Sayyed Hassan Nasrallah, alertou Israel em dois discursos televisionados na semana passada para não iniciar uma conflito em grande escala contra o Líbano.

“Quem pensa em guerra conosco – em uma palavra, vai se arrepender”, disse Nasrallah.

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