A facção libanesa Hezbollah lançou uma série de drones e foguetes contra o norte de Israel nesta terça-feira, 6, mas ressaltou que o ataque ainda não é uma retaliação pelo assassinato de seu comandante mais antigo, Fuad Shukr, em um ataque aéreo israelense na capital libanesa, Beirute, há uma semana.
O grupo aliado ao Hamas e financiado pelo Irã disse que o ataque teve como alvo duas instalações militares perto da cidade de Acre, no norte de Israel, além de um veículo do exército israelense em outro local.
O ataque deixou sete feridos, que foram encaminhados um hospital na cidade costeira de Nahariya, onde foram submetidos a exames que indicaram que os ferimentos foram causados por um interceptador que “errou o alvo e atingiu o solo, ferindo vários civis”, disse o exército israelense.
O exército israelense afirmou que identificou a passagem de vários drones vindos do Líbano e que interceptou um deles. Os militares acrescentaram que as forças aéreas israelenses atingiram duas instalações do Hezbollah no sul do território libanês.
Mais cedo, quatro pessoas foram mortas em um ataque a uma casa na cidade libanesa de Mayfadoun, a quase 30 km da fronteira com Israel. Duas fontes de segurança afirmaram que as vítimas eram combatentes do Hezbollah, mas a alegação não foi confirmada pelo grupo.
Retaliação está por vir
O Hezbollah afirmou que o ataque ao norte de Israel não é uma retaliação ao assassinato de Shukr, líder do projeto de mísseis de precisão do grupo terrorista libanês, alertando que uma vingança ainda está por vir.
“A resposta ao assassinato do comandante Fuad Shukr ainda não aconteceu”, disse uma fonte do Hezbollah à Reuters.
Na semana passada, o líder do grupo, Sayyed Hassan Nasrallah, prometeu vingança pela morte de Shukr, mas disse que um ataque de retaliação ainda seria “estudado”.
Os assassinatos do comandante do Hezbollah e, um dia antes, do líder político do Hamas, Ismail Haniyeh, aumentam o temor de um conflito em maior escala no Oriente Médio, com a possibilidade de um ataque de retaliação coordenado contra Israel, composto pela facção libanesa Hezbollah, o grupo terrorista palestino Hamas, grupos militantes iraquianos, os rebeldes houthis no Iêmen e o próprio Irã, que financia a todos eles.