Hagel responde a críticas e exalta poderio militar americano

O ex-senador republicano Chuck Hagel, indicado pelo presidente Barack Obama para o cargo de secretário de Defesa, defendeu nesta quinta-feira que os Estados Unidos utilizem todas as ferramentas ao seu alcance para proteger seu povo e se manter como a maior força militar do mundo. Em sabatina no Senado americano, Hagel respondeu a críticas de que enfraqueceria a imagem do país e suas ações. O republicano, veterano da Guerra do Vietnã, já criticou o lobby pró-Israel no Congresso americano e se opôs a sanções ao Irã.

Nesta quinta, no entanto, disse estar totalmente comprometido com “o objetivo do presidente de prevenir que o governo iraniano obtenha uma arma nuclear”. “Para isso, todas as opções devem estar sobre a mesa”, sustentou Hagel durante a audiência. Ele destacou que sua política é mais preventiva do que de confronto, mas garantiu que o Departamento de Defesa estará preparado para qualquer contingência.

No passado, o ex-senador havia se mostrado disposto a negociar com o Irã e declarado que não se sentia intimidado pelo “lobby judeu”, em referência ao grupo de pressão Comitê Americano de Assuntos Públicos de Israel (Aipac). Nesta quinta-feira, porém, ao Comitê de Forças Armadas do Senado, Hagel prometeu trabalhar ao lado de Israel e seus aliados e destacou que apoia seu sistema de proteção antimísseis Domo de Ferro.

O indicado para substituir Leon Panetta no comando do Pentágono também declarou que, se for confirmado para o posto, continuará trabalhando no plano de retirada das tropas do Afeganistão em 2014, na luta contra o terrorismo e na instrução de tropas locais. Neste sentido, assinalou que os EUA devem estar preparados para liderar outras nações no enfrentamento de ameaças. E que vai manter a pressão sobre as “organizações terroristas que tentam expandir seus aliados no mundo” em países como Iêmen e Somália e no Norte da África, investindo em operações especiais, inteligência e tecnologias de vigilância.

Hagel, de 66 anos, foi senador por Nebraska durante o governo de Obama – os dois se aproximaram durante viagens de trabalho ao exterior. Republicano moderado, ele pode melhorar o diálogo no gabinete de Obama, num momento em que o Pentágono enfrenta cortes orçamentários.

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(Com agência EFE)