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Guerra fez Rússia perder metade de sua capacidade de espionagem, diz MI6

Segundo chefe do serviço de inteligência britânico, mais de 400 agentes russos foram presos ou expulsos de cidades europeias desde início do conflito

Por Matheus Deccache 22 jul 2022, 14h30

O chefe do serviço de inteligência do Reino Unido, o MI6, diz acreditar que a Rússia perdeu sua capacidade de espionar a Europa “pela metade” após a expulsão de mais de 400 oficiais de inteligência em cidades espalhadas por todo o continente e a prisão de vários espiões disfarçados de civis. 

Em entrevista à rede CNN, Richard Moore afirmou que desde que a Rússia invadiu a Ucrânia, em 24 de fevereiro, os países europeus expulsaram “quatro centenas de funcionários de inteligência russos que operavam sob cobertura diplomática” em todo o bloco.

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“Achamos que, no Reino Unido, isso provavelmente reduziu pela metade sua capacidade de espionar para a Rússia na Europa”, disse Moore, acrescentando que vários “ilegais”, ou espiões russos operando sob cobertura profunda e disfarçados de civis, também foram expostos e presos nos últimos meses.

Para ele, os russos começarão a perder força na invasão já nas próximas semanas devido a uma dificuldade do governo em fornecer matérias primas e mão de obra para o Exército. Essa situação irá abrir uma brecha para que a Ucrânia possa contra-atacar principalmente devido à sua alta moral e à quantidade de armamento que tem sido encaminhado para as forças ucranianas. 

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Por outro lado, a Rússia ainda não se recuperou completamente do fracasso que foi a tentativa de tomar Kiev e “tem utilizado frequentemente seus oficiais como buchas de canhão” no leste da Ucrânia. 

Ao ser questionado se a guerra tornou a Rússia um “ambiente rico em alvos” para o Reino Unido recrutar, Moore disse que a esperança é de que os russos nos serviços diplomáticos e de inteligência possam ser capazes de refletir sobre o que estão testemunhando e decidam “contra atacar o sistema”, a exemplo da Primavera de Praga, em 1968, período de liberalização política na antiga Tchecoslováquia.

O chefe do MI6 reiterou também o que foi dito pelo diretor do serviço de inteligência americano, a CIA, na última quarta-feira, 20, de que não há evidências de que o presidente russo, Vladimir Putin, esteja doente ou sofrendo de graves problemas de saúde. 

Durante a entrevista, Moore disse que ainda é cedo demais para definir se a China voltou atrás na ideia de reivindicar Taiwan depois da resposta do Ocidente à guerra na Ucrânia, mas afirmou que o presidente chinês, Xi Jinping, está observando atentamente os desdobramentos do conflito e que não deve “subestimar a determinação dos Estados Unidos”. 

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“Em um nível, entender a intenção estratégica de Xi não é difícil. Mas se você for além dessa estratégia em termos de como eles implementam, como eles se organizam, como eles, qual é sua intenção tática e quais são as capacidades que eles estão construindo, isso é uma caixa preta”, disse. 

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Por fim, o chefe do serviço de inteligência completou dizendo que a China está ajudando a Rússia ao continuar comprando seu petróleo e que, embora tenham sido bastante conservadores em relação à assistência militar, “tenho certeza que se eles pudessem fornecer isso e se safar, eles o fariam”.

“O Kremlin é o parceiro júnior e Pequim está no comando”, finalizou. 

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