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Guerra entre gangues de motoqueiros e militares estremece a Indonésia

Paula Regueira Leal. Jacarta, 30 abr (EFE).- A morte em Jacarta de um jovem soldado durante uma disputa entre quadrilhas de motoqueiros suscitou uma guerra entre militares indonésios e esta tribo urbana, na qual já perderam a vida pelo menos cinco pessoas em menos de um mês. As corridas de motos ilícitas em Jacarta são […]

Por Da Redação
30 abr 2012, 06h03
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  • Paula Regueira Leal.

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    Jacarta, 30 abr (EFE).- A morte em Jacarta de um jovem soldado durante uma disputa entre quadrilhas de motoqueiros suscitou uma guerra entre militares indonésios e esta tribo urbana, na qual já perderam a vida pelo menos cinco pessoas em menos de um mês.

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    As corridas de motos ilícitas em Jacarta são um passatempo habitual de muitos jovens de entre 14 e 22 anos que durante os fins de semana arriscam suas vidas nas principais avenidas da cidade, entre elas a que abriga o palácio presidencial.

    Arifin Sirih, de 25 anos e membro da Força Naval indonésia, morreu no último dia 31 de março por causa dos golpes na cabeça e facadas que recebeu quando tentava apaziguar os ânimos em uma discussão entre gangues de motociclistas e o motorista de um caminhão que obstruía a via pública na qual queriam competir.

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    A polícia deteve cinco jovens como suspeitos de ter participado do homicídio, mas isso não bastou para evitar que os militares amigos de Arifin decidissem fazer justiça com as próprias mãos e patrulhar as ruas de Jacarta na busca pelos culpados.

    Os ‘justiceiros’ têm apenas uma pista: os agressores conduziam motos Kawasaki do modelo Ninja, muito populares no país asiático.

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    O resultado destas batidas, das quais participam centena de homens vestidos com jaquetas de couro, pulseiras amarelas e armados com facões, é uma guerra sem quartel entre gangues e soldados do Exército.

    Em um destes confrontos um homem morreu e no dia seguinte quatro adolescentes foram espancados em uma rua do centro da capital, e perante o olhar dos transeuntes, por um grupo formado por 30 pessoas.

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    Em meados de abril as desordens se estenderam por quase toda Jacarta e desde então, a cada dia ocorre pelo menos um incidente deste tipo e já são cinco os mortos e mais de 200 os feridos.

    A Marinha nega que seus militares tenham relação com esta onda de violência, mas dezenas de testemunhas citadas pela imprensa local sustentam exatamente o contrário.

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    Enquanto isso, a Polícia Nacional se mantém à margem e atribui às Forças Armadas a missão de frear violência que já ameaça a turística Ilha de Bali e até as Célebes.

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    ‘Há muitas testemunhas que garantem ter visto os militares fazendo justiça com as próprias mãos, mas, apesar disso, é muito provável que a polícia não faça nada para detê-los’, disse à Agência Efe Iwo, um estudante da Universidade da Indonésia.

    Por causa desta onda de violência, as universidades de Jacarta alertam seus alunos do perigo e lhes recomendam adotar precauções como ‘não circular entre 22h e 4h pelas áreas conflituosas’.

    A polícia informou à imprensa local que as gangues controlam e usam como circuitos para promover suas corridas pelo menos 80 pontos da cidade de Jacarta, uma metrópole com uma extensão de mais 750 quilômetros quadrados e povoada por cerca de nove milhões de pessoas.

    O medo que esta guerra causa na população levou o ministro responsável pela segurança, Djoko Suyanto, a ordenar a intervenção da polícia e das Forças Armadas.

    ‘Não importa quem sejam os autores, civis ou militares, porque não têm imunidade. Devem ser encontrados, detidos e julgados’, disse o ministro à imprensa. EFE

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