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Guaidó segue em caravana até fronteira com a Colômbia para buscar doações

Hungria aceita centenas de refugiados venezuelanos que deixam país fugindo da crise

Por Da redação
21 fev 2019, 11h29

O líder opositor Juan Guaidó, autoproclamado presidente interino da Venezuela, parte em caravana nesta quinta-feira, 21, rumo à fronteira com a Colômbia para chefiar a entrada da ajuda humanitária enviada pelos Estados Unidos.

Reconhecido por cerca de 50 países como líder interino, o presidente da Assembleia Nacional viaja em seu carro com deputados opositores, seguindo uma caravana de ônibus, de acordo com sua assessoria de imprensa.

A oposição venezuelana assegura que o país atravessa uma “emergência humanitária complexa”, e Guaidó tem sido insistente em afirmar que as doações ingressarão no próximo sábado, 23, apesar da recusa do governo de Nicolás Maduro.

O chavista afirma que as ajudas são um “presente podre” que carrega o “veneno da humilhação”, apesar de reconhecer as dificuldades que a Venezuela atravessa. Maduro também disse que não permitirá a entrada das doações, pois são uma tentativa de “invasão estrangeira”.

Recentemente, seu governo bloqueou o acesso pela ponte Tienditas, uma moderna infraestrutura que une a Venezuela com a Colômbia. Os chavista também fecharam a fronteira marítima do país com as ilhas das Antilhas Holandesas.

A vice-presidente Delcy Rodríguez disse que as relações da Venezuela com as ilhas de Aruba, Curaçao e Bonaire estão sob revisão e que a fronteira permanecerá fechada por um “período de tempo indefinido”.

Em reação ao que considera uma ameaça, o governo de Maduro convocou os 46 países que o apoiam na ONU, como China, Rússia, Irã, Coreia do Norte, Cuba e Nicarágua, a pedirem juntos ao secretário-geral da organização, António Guterres, que “freie todos os chamados a uma solução militar” para pôr um fim à crise no país.

Mobilização da oposição

Apesar dos bloqueios, Guaidó anunciou nesta quarta-feira 20 que brigadas de voluntários vão recolher as doações em vários pontos nos estados de Táchira (oeste) e Bolívar (sul), fronteiriços com Cúcuta (Colômbia) e Roraima (Brasil), onde há centros de distribuição, e em Puerto Cabello e La Guaira – os dois principais portos do país.

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“Por mar e por terra… Devemos abrir o canal humanitário seja como for”, reiterou Guaidó, que marcou o dia 23 de fevereiro como a data oficial da entrada de ajuda humanitária no país.

Em Cúcuta fica o principal centro de distribuição de remédios e alimentos enviados pelos Estados Unidos. O local será, na sexta-feira, 22, palco de um megaconcerto organizado pelo bilionário Richard Branson para arrecadar 100 milhões de dólares.

Fernán Ocampo, porta-voz da organização do evento, disse que é aguardado um público de 250.000 pessoas, mas a capacidade instalada pode receber 500.000.

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Vão se apresentar artistas espanhóis Alejandro Sanz e Miguel Bosé, o dominicano Juan Luis Guerra, os colombianos Juan Vives Guerra Carlos Vives e Juanes, os mexicanos Maná e Paulina Rubio, o porto-riquenho Luis Fonsi e os venezuelanos José Luis Rodríguez (conhecido como ‘El Puma’), Nacho e Ricardo Montaner.

Em contrapartida, o governo de Maduro anunciou shows para a sexta, o sábado, 23, e o domingo, 24, na outra extremidade da mesma ponte, que liga Cúcuta a Ureña, no departamento de Táchira.

Ainda não foram anunciados os participantes do concerto chavista, denominado “Hands Off Venezuela” (Tirem as mãos da Venezuela), o qual, segundo o ministério das Comunicações, denunciará a agressão contra o país.

Acolhimento de refugiados

Desde 2015, 3 milhões de venezuelanos emigraram em busca de condições melhores. A maior parte se concentra em 16 países na América Latina e Caribe, principalmente Brasil, Colômbia, Equador e Peru.

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A Hungria, contudo, aceitou centenas de refugiados de ascendência húngara da Venezuela sob um programa do governo que envolve uma entidade de caridade local, segundo o site de notícias index.h.

O governo húngaro lançou esse programa há quase um ano com a ajuda do Serviço Húngaro de Caridade da Ordem de Malta, que fez os arranjos para a transferência de pessoas que buscavam asilo.

Um porta-voz da entidade maltesa na Hungria se recusou a comentar para garantir a segurança dos envolvidos.

Uma autoridade governamental disse não haver contradição entre a cruzada política do primeiro-ministro húngaro, Viktor Orban, contra a imigração em massa para a Europa e o programa venezuelano, devido à ascendência húngara dos refugiados.

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“Estamos falando de húngaros e não consideramos húngaros imigrantes”, disse o chefe de gabinete de Orban, Gergely Gulyas, em entrevista coletiva ao ser indagado sobre a notícia do site.

“Eles, como qualquer outro húngaro, têm o direito de voltar para casa”, disse Gulyas, acrescentando que os primeiros refugiados do programa chegaram à Hungria no ano passado.

(Com AFP, EFE e Reuters)

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