A ativista climática sueca Greta Thunberg foi novamente acusada nesta sexta-feira, 15, de desobedecer uma ordem policial durante um protesto no porto de Malmo, no sul da Suécia, em julho. A acusação ocorre menos de dois meses depois de ter sido condenada e multada pela mesma ofensa.
Em julho, a jovem de 20 anos foi multada por um tribunal da Suécia durante um bloqueio no porto que aconteceu em junho. Na ocasião, Greta estava acompanhada de outros ativistas do grupo ambientalista “Reclaim The Future”, que bloquearam o acesso ao local para protestar contra o uso de combustíveis fósseis.
Ela foi condenada a pagar 1.500 coroas suecas, cerca de R$ 653, e mil coroas suecas, R$ 458, para um fundo para vítimas de crimes na Suécia. Mas logo após o veredito voltou a bloquear a estrada para caminhões petrolíferos no porto de Malmo, onde os ativistas foram novamente retirados à força pela polícia.
“A manifestação não tinha autorização e levou ao bloqueio do trânsito automóvel. A mulher recusou-se a obedecer à ordem policial para abandonar o local”, disse Isabel Ekberg, procuradora da caso em um comunicado.
Inicialmente, a data prevista para o julgamento da nova acusação está marcada para 27 de setembro. Se condenada pela segunda vez, a jovem sueca pode enfrentar uma pena mais dura. Na Suécia, o descumprimento de uma ordem policial acarreta pena máxima de seis meses de prisão.
Greta admitiu que fez parte do protesto e desobedeceu à ordem policial, mas se declarou inocente por estar agindo por necessidade. Ela se tornou o novo rosto do movimento ativista jovem em todo o mundo depois de realizar protestos semanais em frente ao parlamento da Suécia e constantemente critica decisões climáticas do governo. Recentemente, chegou a cancelar a sua participação na feira do livro de Edimburgo depois de descobrir investimentos de um patrocinador em combustíveis fósseis.