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Grandes potências propõem ao Irã retomar negociações nucleares

Por Por María Lorente
6 mar 2012, 18h05

As grandes potências (o chamado grupo 5+1) propuseram retomar as negociações com o Irã sobre o programa nuclear – interrompidas há um ano -, em uma carta divulgada nesta terça-feira pela União Europeia, que não faz referência a datas ou lugar para a reunião.

“Em nome da China, França, Alemanha, Rússia, Reino Unido e Estados Unidos, propomos retomar as negociações com o Irã sobre seu programa nuclear”, afirmou nesta terça-feira a chefe da diplomacia europeia, Catherine Ashton, em carta dirigida ao negociador iraniano Said Jalili.

“Não queremos que estas negociações fracassem”, enfatizou um dirigente europeu.

A carta da UE foi enviada depois que Teerã anunciou que está disposto a autorizar, sob certas condições, uma nova inspeção da Agência Internacional de Energia Atômica (AIEA) na base militar de Parchin, sudeste de Teerã.

Um relatório da AIEA assinalou que tudo indicava que foram feitos testes nucleares no local. As potências ocidentais expressam com freqüência suas suspeitas de que o Irã pretende dotar-se de uma bomba atômica com o pretexto de um programa nuclear civil.

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O ministro das Relações britânico William Hague destacou que as grandes potências querem demonstrar ao Irã sua disposição de encontrar uma solução diplomática para o problema.

“O Irã deve aproveitar esta oportunidade”, assinalou Hague num comunicado. “É um bom momento para que o Irã demonstre ao mundo que quer uma solução pacífica e negociada para a questão nuclear”, acrescentou.

A reação das potências acontece depois que o primeiro-ministro israelense Benjamin Netanyahu disse, em Washington, ao presidente Barack Obama que Israel deve seguir sendo “dono de seu próprio destino”, em uma firme defesa de seu direito de ordenar um ataque unilateral contra o Irã.

Os Estados Unidos defenderam a necessidade de esgotar as vias diplomáticas antes de empreender ações militares, mas asseguraram que o compromisso de seu país com Israel é “sólido como uma rocha”.

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Após quatro meses de hesitações, Teerã deu em meados de fevereiro seu aval a uma retomada do diálogo com o grupo dos 5+1 (os cinco membros permanentes do Conselho de Segurança e a Alemanha), interrompido há mais de um ano, insistindo que quer retomar as negociações rapidamente.

Mas, ao mesmo tempo, Teerã ameaçou suspender o fornecimento de petróleo à Itália, Espanha, Grécia, Alemanha, Portugal e Holanda, em represália pelo embargo petroleiro e bancário decidido em janeiro pela UE.

O Irã vende pouco mais de 20% de seu petróleo à União Europeia (cerca de 600 mil barris/dia), essencialmente à Itália, que comprou cerca de 185 mil barris diários em 2011 (13% de suas importações), Espanha (161 mil barris, ou seja, 12% de suas importações) e Grécia (103 mil e 30%, respectivamente).

Desde novembro, a pressão sobre o Irã se intensificou. Estados Unidos e União Europeia reforçaram suas sanções. Israel cogita a ameaça de um ataque militar.

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As potências ocidentais suspeitam que o Irã pretenda se dotar da bomba atômica com o pretexto de um programa nuclear civil.

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