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Governo espanhol exige ‘dissolução incondicional’ do ETA

Ministro rejeitou oferta de negociação apresentada pelo grupo terrorista. Ao longo de mais de 40 anos, ações do ETA já causaram mais de 800 mortes

Por Da Redação
25 nov 2012, 18h36

A Espanha rejeitou a oferta feita pelo grupo separatista basco ETA para negociar o encerramento total de suas atividades. O ministro do Interior, Jorge Fernandez Dias, disse que a Espanha não negociará com uma “organização terrorista” e exigiu que o ETA anuncie sua “dissolução incondicional”.

“Nós não negociamos nem vamos negociar com uma organização terrorista, e o único comunicado que o governo exige – não pede, mas exige e trabalha para isso – é a dissolução incondicional”, ressaltou o ministro.

O porta-voz do partido União, Progresso e Democracia (UPyD) no País Basco, Gorka Maneiro, classificou o comunicado da ETA como “uma chantagem inaceitável própria de grupos totalitários”.

A presidente da Associação de Vítimas do Terrorismo (AVT), Ángeles Pedraza, disse por meio de sua conta no Twitter que “não há nada a ser negociado com terroristas assassinos”.

O ETA anunciou em outubro de 2011 o fim de sua atividade armada, após mais de 40 anos de ações terroristas. No entanto, o grupo já havia feito anúncios semelhantes anteriormente, sem cumprir sua promessa. Em 2006, anunciou um cessar-fogo permanente, mas no final do mesmo ano explodiu um carro-bomba em Madri, em um ataque que deixou dois mortos. Em agosto de 2009, o grupo declarou mais uma vez o fim das atividades terroristas, mas realizou um ataque contra um policial francês em março de 2010.

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Histórico – Ao longo dessas mais de quatro décadas, as ações do grupo causaram mais de 800 mortes. A justificativa do ETA é a luta pela independência de um território de 20.000 km2 na fronteira entre Espanha e França, com população de cerca de 2 milhões de habitantes. O ETA ficou enfraquecido nos últimos anos devido principalmente ao crescente número de integrantes presos e à descoberta de esconderijos de armas.

Depois de outubro, o grupo tentou algumas vezes negociar com o governo, tendo como principal objetivo encontrar uma saída para seus integrantes presos. Na nova tentativa, o grupo terrorista havia apresentado como condição para o fim de suas atividades a transferência de integrantes presos para a região basca.

Financiado por sequestros, roubos e extorsão, o ETA atua por meio de atentados à bomba e assassinatos. O grupo já atacou áreas turísticas, porém, seus principais alvos são as autoridades e forças de segurança espanholas e francesas. O primeiro-ministro Carrero Blanco foi alvo do grupo em Madri, em 1973.

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