Governo colombiano busca famílias de 40 crianças sobreviventes
Menores de idade tiveram parentes mortos ou desaparecidos no deslizamento que matou pelo menos 262 pessoas na Colômbia
As buscas por sobreviventes em Mocoa, sul da Colômbia, dois dias após o deslizamento que matou ao menos 262 pessoas, continuam, mas é cada vez mais difícil encontrar sobreviventes. Entre os que conseguiram escapar da catástrofe, estão 40 crianças e adolescentes que agora buscam por parentes, informou nesta segunda-feira o portal de notícias colombiano Elpais.com.co.
Os menores receberam cuidados médicos e estão abrigados no hospital José Maria Hernandez e no Instituto Tecnológico de Putamayo, em Mocoa, enquanto o governo busca por familiares em todo o país.
O presidente colombiano, Juan Manuel Santos, declarou estado de emergência econômica, social e ecológica e encarregou o ministro da Defesa, Luis Carlos Villegas, dos trabalhos de reconstrução. “Sei que expresso o desejo de todos os colombianos por sua plena recuperação”, disse o presidente, que supervisionou no fim de semana os trabalhos de resgate e as obras para restituir os serviços básicos na região.
Santos explicou que a avalanche destruiu o aqueduto local, que deve demorar um ano para ser completamente reconstruído. Também disse que o serviço de energia elétrica ficou “gravemente afetado”, não apenas na capital, mas em metade do departamento de Putumayo.
Em Mocoa, 45.000 pessoas foram afetadas, de acordo com a Cruz Vermelha. A energia elétrica foi parcialmente restabelecida no domingo, com linhas auxiliares, mas dezenas de pessoas foram para as ruas com o objetivo de recarregar os telefones celulares em geradores provisórios.
O medo de outra avalanche volta até mesmo com uma chuva fina, o que levou a Unidade Nacional para a Gestão de Risco de Desastres (UNGRD) a desmentir um perigo iminente.
O deslizamento, que despertou a solidariedade mundial, supera o último grande desastre natural da Colômbia, uma tragédia similar na cidade de Salgar, que deixou 92 mortos em maio de 2015.
As fortes chuvas na América do Sul também afetaram o Peru, com 101 mortos e mais de um milhão de desabrigados, e o Equador, com 21 mortes desde janeiro e mais de 9.000 famílias afetadas.
As doações começaram a chegara ao país. Uma das mais importantes veio da China, com um milhão de dólares.
(com AFP)