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Governo brasileiro enviará equipes de resgate e ajuda a Moçambique

Treze dias depois da passagem do ciclone Idai, Unesco estima haver 1,85 milhão de pessoas desabrigadas nesse país, entre as quais 1 milhão de crianças.

Por Da Redação
27 mar 2019, 21h16

O governo brasileiro decidiu enviar para Moçambique dois aviões de transporte Hércules C-130, da Força Aérea Brasileira (FAB), com ajuda humanitária e equipes de resgate. Anunciada nesta quarta-feira, 27, pelo Itamaraty, a ajuda se dá 13 dias depois da trágica passagem do ciclone Idai pelo país, que destruiu a cidade portuária de Beira e provocou inundações. O Fundo das Nações Unidas para a Infância (Unicef) estimativa haver 1,85 milhão de pessoas desabrigadas nesse país, entre as quais 1 milhão de crianças.

A primeira etapa da assistência humanitária brasileira a Moçambique será embarcada na sexta-feira, 29. Envolve equipes de resgate e salvamento da Força Nacional do Ministério da Justiça. Nesse time estão 20 especialistas em busca e salvamento. Também serão embarcados botes e outros equipamentos adaptados ao tipo de desastre ocorrido no país. Também seguirá para Moçambique uma equipe do Corpo de Bombeiros Militar do Estado de Minas Gerais, com equipamentos e veículos.

O Ministério da Saúde doou kits de medicamentos e insumos básicos de saúde suficientes para prover assistência emergencial para 9.000 pessoas, por até um mês. Na segunda-feira 25, o governo confirmou a doação de 100 mil euros, o equivalente a cerca de 436.000 reais para ajudar nos trabalhos de Moçambique de resgate e reconstrução emergenciais. A doação será feita por meio de fundo solidário a ser criado no âmbito da Comunidade dos Países de Língua Portuguesa (CPLP) e será somada ao apoio anterior oferecido pelo governo brasileiro.

A ajuda financeira do Brasil, porém, está bastante aquém das necessidades de Moçambique. O Unicef pediu 122 milhões de dólares para auxiliar as crianças afetadas pelo desastre. A instituição estima haver mais de 1,5 milhão de menores necessitados de ajuda humanitária urgente não só nesse país, mas também no Zimbábue e Malawi. Todos foram afetados pelo ciclone Idai.

“A escala da devastação causada pelo ciclone Idai está ficando mais clara a cada dia”, afirmou a diretora-executiva do Unicef, Henrietta Fore, em comunicado.

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Fore alertou que milhões de vidas de crianças estão em jogo e que é preciso enviar de forma rápida uma resposta humanitária efetiva aos três países africanos destruídos pela passagem do Idai. A agência ressaltou a importância de atuar o mais rápido possível na região, já que há pouco tempo para prevenir os atuais surtos de doenças como a malária e a cólera, que atingem especialmente as crianças.

Além disso, o Unicef disse estar preocupado com o risco de violência e de abuso contra mulheres e crianças nos refúgios temporários montados para receber os desabrigados, assim como com a situação das crianças que perderam suas famílias no ciclone.

No Malawi, mais de 869 mil pessoas foram afetadas pelo desastre, das quais  443 mil crianças. Já no Zimbábue, segundo dados do Unicef, 270 mil pessoas foram  atingidas de alguma forma pela passagem do ciclone Idai. Metade delas é criança.

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Outras agências da ONU estão trabalhando na ajuda, entre elas a Agência para os Refugiados (Acnur), que levou nesta quarta-feira a Maputo o primeiro de três aviões com equipamentos de emergência – colchonetes, tendas e iluminação. Eles serão distribuídos entre 30 mil pessoas nos três países. A Organização Mundial da Saúde (OMS) está trabalhando para tratar doenças como diarreia e cólera. Além disso, uma equipe de especialistas irá a Moçambique para ajudar a prevenir surtos.

(Com Agência Brasil e EFE)

 

 

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