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Governistas barram pedidos para investigar vice-presidente

Maioria em comissão da Câmara, governistas rejeitaram requerimentos que poderiam resultar em um processo de impeachment contra Amado Boudou

Por Da Redação
3 jul 2014, 20h33

Deputados kirchneristas barraram nesta quinta-feira as tentativas da oposição de abrir uma investigação contra o vice-presidente Amado Boudou, envolvido em um caso de corrupção. Se fossem aceitos, os pedidos poderiam resultar na abertura de um processo de impeachment. As solicitações foram rechaçadas na Comissão de Julgamento Político da Câmara, onde os kirchneristas contam com 17 dos 31 integrantes.

A presidente da comissão, Adela Segarra, da coligação governista Frente Para a Vitória, listou os seis pedidos que questionavam a conduta do vice e disse que aprovar qualquer um deles violaria o princípio da divisão de Poderes. A kirchnerista defendeu que não faria sentido ter uma ação político contra o vice enquanto o Judiciário ainda analisa o caso. Na sexta-feira, o juiz federal Ariel Lijo determinou a abertura de processo contra Boudou.

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Antes da reunião, Adela Segarra já havia antecipado que o bloco oficialista estava “alinhado” na defesa de Boudou, ressaltando que o vice “é inocente até que se prove o contrário”, informou o jornal La Nación. O resultado da reunião desta quinta veio de uma mudança na estratégia dos deputados governistas, que vinham adiando a votação dos requerimentos. Depois de uma reunião na quarta-feira, decidiram acelerar o processo e impor sua maioria para derrubá-los. A atitude revoltou os oposicionistas, que esperavam pelo menos discutir o assunto.

Depoimento – Também nesta quinta-feira, o vice-presidente voltou atrás e pediu para cancelar um novo depoimento que prestaria à Justiça nesta sexta-feira. Depois de passar mais de nove horas prestando depoimento no dia 10 de junho, Boudou havia dito que ampliaria seu testemunho para, segundo sua defesa, “relatar algumas questões que poderiam interessar nas investigações”. O discurso mudou desde então. “Entendo que este magistrado já tinha planejado me processar (…) e uma eventual ampliação [do depoimento] não poderia modificar uma linha do seu plano”, disse nesta quinta-feira. O pedido de cancelamento foi aceito pelo juiz.

Histórico – A acusação que pesa contra Boudou é a compra de uma gráfica na época em que era ministro da Economia. Em julho de 2010, uma investigação sobre privilégio comercial conduzida pelo Fisco argentino pediu à Justiça a quebra do sigilo da gráfica Ciccone, que mantém contratos com o governo e, entre outras atividades, vende papel moeda ao Banco Central argentino. A Justiça suspendeu o pedido três meses mais tarde por solicitação da própria empresa, que negociou um plano de pagamentos de multas com o Fisco. Uma investigação descobriu que o Ministério da Economia, pasta então ocupada por Amado Boudou, teria pressionado o Fisco para favorecer a empresa.

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Depois do episódio, a companhia foi vendida para o fundo de investimentos The Old Fund, presidida por Alejandro Vandenbroele, que é apontado como testa de ferro de Boudou, embora o vínculo tenha sido negado pelo vice-presidente. Amado Boudou deixou a pasta de Economia depois das eleições de 2011 para ocupar a vice-presidência, mas as denúncias ofuscaram sua carreira política e enterraram seu projeto de suceder Cristina Kirchner na Presidência do país.

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