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Gangue do Haiti atira contra manifestantes e deixa 7 mortos

Dados da ONU revelam que mais de 2.400 haitianos morreram neste ano devido à intensificação da violência de grupos criminosos no país

Por Da Redação
28 ago 2023, 12h57

Uma gangue no Haiti atirou contra manifestantes em grande protesto organizado por um líder religioso nesta segunda-feira, 28, deixando pelo menos sete mortos. Ainda é possível que o número de vítimas do tiroteio em massa possa aumentar, já que muitas pessoas ficaram gravemente feridas, enquanto outras foram sequestradas.

Uma manifestação com centenas de paroquianos, carregando armas brancas, como facões, ocupou as ruas de uma periferia de Canaan, em Porto Príncipe, na tentativa de expurgar a área de membros de gangues. O grupo criminoso teria aberto fogo contra eles com metralhadoras.

Nas redes sociais, circulam vídeos de haitianos sendo baleadas na rua, bem como corpos caídos no chão. Pessoas aparentemente em condição de reféns afirmaram em gravações que achavam que a marcha seria pacífica, e que não sabiam que o intuito do movimento era atacar a gangue.

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Canaan foi fundada por sobreviventes do devastador terremoto de 2010. A região é controlada hoje por um grupo criminoso liderado por um homem identificado apenas como “Jeff”, que acredita-se ser aliado da gangue “5 Seconds”.

Gédéon Jean, diretor do Centro de Análise e Pesquisa em Direitos Humanos do Haiti, disse à agência de notícias Associated Press que assistiu ao desenrolar do evento online e planejava pedir ao Ministério da Justiça que investigasse o incidente. Ele acusou o pastor que organizou a marcha de ser irresponsável porque “colocou um grupo de pessoas numa situação” perigosa.

“A polícia deveria ter impedido eles de ir”, disse Jean. “É horrível para o Estado permitir que algo assim aconteça.”

A porta-voz do escritório de direitos humanos das Nações Unidas, Ravina Shamdasani, disse que em 2023, até 15 de agosto, pelo menos 2.439 haitianos foram mortos, 902 feridos e 951 sequestrados. O caos no país se intensificou desde o assassinato do presidente Jovenel Moïse, em 2021, o que fez com que grande parte do território do país caribenho saísse do controlo governamental.

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Atualmente, 80% da capital haitiana é controlada por gangues. Guerras territoriais provocaram um aumento no número de refugiados, uma grave escassez de alimentos, assassinatos, sequestros e violência sexual.

Em meio à onda crescente de violência, haitianos organizaram um movimento de vigilantes civis conhecido como “bwa kale”, que tem como alvo supostos membros de gangues. Dados das Nações Unidas indicam que mais de 350 pessoas foram mortas desde o início do levante, em abril.

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