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Gana aprova projeto de lei que prevê prisão para pessoas LGBTQIA+

Medida é considerada uma das mais severas entre países do continente africano que proíbem relacionamento homoafetivo

Por Da Redação
Atualizado em 28 fev 2024, 18h48 - Publicado em 28 fev 2024, 18h41

O Parlamento de Gana aprovou nesta quarta-feira, 28, um projeto de lei que prevê que pessoas que se identificam como parte da comunidade LGBTQ+ ou organizam grupos de defesa ao grupo podem cumprir penas de prisão. A medida é considerada uma das mais duras do continente africano que, segundo a Anistia Internacional, tem 31 países que proíbem relações entre pessoas do mesmo gênero.

Caso a legislação seja sancionada pelo presidente Nana Akufo-Addo, as pessoas condenadas por se identificarem como membros do grupo poderão cumprir até três anos de prisão, enquanto aqueles considerados “promotores” de questões LGBTQ+ podem pegar cinco anos. 

O projeto de lei faz parte de uma onda anti-gay que circunda o continente africano. Tanzânia, Níger e Namíbia reforçaram leis similares nos últimos anos, enquanto que Uganda adotou uma lei que inclui pena de morte a pessoas LGBTQ+. Muitos dos 31 países da África que criminalizam a atividade sexual entre pessoas do mesmo sexo vivem um aumento nas atitudes, comportamentos e retórica homofóbicas.

“Ainda há muitos países em África onde ser LGBTQ é considerado mau ou não africano”, disse Linda Nduri, gestora de campanha para África em uma organização sem fins lucrativos baseada no Quênia chamada All Out.

Os dois principais partidos políticos de Gana, Congresso Democrático Nacional e Novo Partido Patriótico, apoiam o projeto de lei. No entanto, a aprovação foi adiada após membro da NPP, Alexander Afenyo-Markin, sugerir algumas mudanças no texto para torná-lo menos severo. Neste mês, o Parlamento deve decidir se as pessoas condenadas podem receber aconselhamento ou serem obrigadas a prestarem serviço comunitário em vez de serem presas. 

O projeto de lei foi apresentado pela primeira vez ao Parlamento em 2021 e recebeu amplo apoio público, sendo promovido por lideres cristãos, muçulmanos e tradicionais em Gana. Organizações de direitos humanos alertaram que, se fosse aprovada, a lei violaria direitos fundamentais consagrados na Constituição do país, como o direito de igualdade e de não ser discriminado com base no gênero.

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