G8 tomará ‘medidas adicionais’ se Coreia lançar foguete
Anúncio foi feito por Hillary Clinton após reunião com chanceleres do G8
A secretária de Estado americana, Hillary Clinton, disse nesta quinta-feira que os ministros de Relações Exteriores do Grupo dos Oito (G8) estão “preparados para tomar medidas adicionais se os norte-coreanos seguirem adiante” com seu anunciado lançamento de um foguete de longo alcance.
“Se Pyongyang proceder com isso, todos nós iremos de novo ao Conselho de Segurança (da ONU) para tomar novas medidas”, disse Hillary aos jornalistas após uma reunião de chanceleres do G8 em Washington.
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Os chanceleres do G8 (grupo formado por Estados Unidos, Rússia, Alemanha, França, Reino Unido, Itália, Japão e Canadá) “estão de acordo” em relação à necessidade de reagir perante um possível lançamento. Eles também concordam que “qualquer lançamento de foguete violaria as obrigações da Coreia do Norte sob as resoluções 1718 e 1874 do Conselho de Segurança da ONU”, que a proíbem explicitamente de fazer testes com mísseis balísticos, acrescentou.
Entre os membros permanentes do Conselho de Segurança, quatro (Estados Unidos, Reino Unido, França e Rússia) fazem parte do G8, e a Alemanha ocupa atualmente um posto no grupo de membros não-permanentes.
Acordo – Um lançamento seria “lamentável”, segundo Hillary, que lembrou que os Estados Unidos mantém suspenso o acordo alcançado no final de fevereiro com a Coreia do Norte, pelo qual esta se comprometia a interromper seus programas nucleares e de mísseis em troca de ajuda alimentar.
“Pyongyang tem uma escolha clara. Pode buscar a paz e colher os benefícios de laços mais fortes com a comunidade internacional, incluindo os Estados Unidos, ou pode continuar a enfrentar pressão e isolamento”, acrescentou.
O Japão buscava terminar a reunião ministerial do G8 com um consenso do grupo para condenar o lançamento, previsto entre hoje e a próxima segunda-feira, e que, segundo a Coreia do Norte, pretende pôr em órbita um satélite de longo alcance com fins científicos.
A Rússia criticou abertamente o plano norte-coreano, e tanto os Estados Unidos como a União Europeia (UE) exigiram ao país que interrompa o polêmico projeto.
(Com agência EFE)