Assunção, 26 jun (EFE).- O presidente do Paraguai, Federico Franco, disse nesta terça-feira que sua prioridade é evitar ‘uma guerra civil’ causada pelo impeachment de seu antecessor, Fernando Lugo, e que por isso deixará em segundo plano a relação do país com a comunidade internacional.
‘Sou o responsável por garantir que não vai ocorrer uma guerra civil’, afirmou o líder em um encontro com a imprensa internacional, no qual reiterou que assumiu o poder para preencher o vazio com a saída de Lugo e que o Paraguai vive um clima de normalidade.
Em seu escritório no Palácio Presidencial, Franco disse se não tivesse assumido após a destituição de Lugo pelo Senado teria ocorrido um ‘derramamento de sangue’ porque o país não estava ‘em condições’ de ficar ‘três, quatro ou cinco meses sem eleições’.
Franco afirmou ainda que não tem intenção de antecipar as eleições. ‘Se Deus e Nossa Senhora permitirem, e também com ajuda dos senhores, os meios de comunicação internacionais, vamos entregar meu governo em 15 de agosto de 2013’, manifestou.
O líder anunciou que ‘em uma semana’ seu Executivo vai fazer ‘tudo’ o que não foi feito nos últimos quatro anos.
Em relação ao pronunciamento de Lugo de que vai convocar manifestações pacíficas no país, Franco disse que o ex-mandatário ‘está ainda dolorido’ mas que como ‘é um homem de igreja, de reflexão’, vai ter um ‘momento de iluminação e vai avaliar os custos e os benefícios no momento de tomar suas decisões’.
Seu ‘desafio’ agora, reiterou, é demonstrar ‘à comunidade internacional com fatos, mais do que com palavras, que este é um governo absolutamente democrático, constitucional’. EFE