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França: polícia protesta por melhores salários durante Olimpíadas de Paris

Paralisação demanda bônus de 2.000 euros (cerca de R$ 10.700), garantia de férias e assistência aos filhos dos agentes de segurança

Por Da Redação
Atualizado em 18 jan 2024, 10h31 - Publicado em 18 jan 2024, 10h29

A polícia da França realizou protestos nesta quinta-feira, 18, para exigir melhores salários e condições de trabalho nas Olimpíadas de Paris, que serão realizadas entre julho e agosto deste ano. Lideradas pelos mais proeminentes sindicatos do país, Alliance e Unsa Police, as manifestações ocorrem após uma polêmica recomendação do Ministério do Interior para que todos os agentes de segurança sejam mobilizados durante os jogos e impedidos de tirar férias nesse período.

“Não há detalhes exceto que 100% da polícia estará trabalhando de 24 de julho a 11 de agosto. Por isso, queremos medidas em matéria de acolhimento de crianças, porque os colegas têm filhos para cuidar; serão as férias escolares”, afirmou Sylvain André, do sindicato da polícia Alliance em Estrasburgo, à emissora de rádio France Inter.

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André também destacou que outros eventos impediram as férias da força policial, citando os grandes protestos que tomaram o país em 2023 (primeiro, devido à reforma da previdência, depois pela morte de um jovem imigrante nas mãos da polícia), os ataques terroristas de 2015, o movimento de protesto dos coletes amarelos e a crise da Covid-19.

“A polícia agora está perguntando: quando poderão descansar?”, enfatizou.

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As forças de segurança francesas têm direito, normalmente, a 10 dias de recesso divididos entre 15 de junho e 15 de setembro.

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O que desejam os manifestantes

A paralisação teve início ainda na noite desta quarta-feira, quando parte dos policiais de plantão se reuniram em frente às delegacias. Eles, no entanto, permaneceram atuando em “atividade mínima”, ou seja, não deixaram de responder aos pedidos de emergência, apenas abandonaram os postos de patrulha.

Chamados de “Black Out Thursday” (algo como “quinta-feira do apagão”, em referência à paralisação), os protestos demandam bônus salarial 2.000 euros (cerca de R$ 10.700), garantia de férias e assistência fara cuidar dos filhos.

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Aqueles que não moram em Paris e que serão transferidos nas duas semanas dos jogos de verão também exigem informações sobre moradia e horário de trabalho, para não terem que arcar com os custos sozinhos.

Negociação

Os sindicatos participaram de uma reunião com o ministro do Interior, Gérald Darmanin, de acordo com o jornal britânico The Guardian. Uma fonte disse à agência de notícias AFP, em condição de anonimato, que o governo anunciará medidas de apoio aos agentes até o final deste mês, e definiu as negociações como “construtivas”.

Acredita-se que até 500 milhões de euros sejam destinados para a aplicação das garantias.

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