Forças rebeldes e do governo anunciam um cessar-fogo
Tropas e Exército vinham travando violento conflito nas ruas da capital Sana
Entenda o caso
- • A revolta começou em 27 de janeiro, mas ganhou força em 21 de fevereiro, quando os Jovens da Revolução montaram um acampamento na capital Sanaa, pedindo a queda do regime de Ali Abdallah Saleh, no poder há 33 anos.
- • Em junho, após um ataque dos rebeldes ao palácio presidencial, o ditador foi hospitalizado na Arábia Saudita, onde se recuperou dos ferimentos causados por uma explosão – ele teve 40% do corpo queimado e passou por oito cirurgias.
- • Em 12 de setembro, Saleh delegou ao vice-presidente, Abdo Rabu Mansur Hadi, autoridade para negociar uma transferência pacífica do poder com a oposição, que não se mostrou satisfeita por considerar que suas reivindicações não foram atendidas.
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As forças do governo do Iêmen e a de seus adversáros chegaram a um acordo sobre um cessar-fogo imediato na capital Sana.
O anúncio foi feito nesta terça-feira por uma fonte ligada ao regime do ditador Ali Abdullah Saleh.
A primeira divisão blindada do Exército que havia se somado aos protestos confirmou o acordo, assim como a assessoria do poderoso chefe tribal xeque Mohsen al Ahmar, como consta em comunicado do comitê conjunto que supervisiona o processo.
Ambas as partes se encontravam em combate com as tropas do chefe de estado.
“O cessar-fogo entrou em vigor às 15 horas (horário local, 10 horas em Brasília) e deve ser seguido pela retirada dos homens armados das ruas, do desmantelamento das barreiras e das barricadas e do retorno à normalidade na capital”, indicou a agência oficial Saba.
(Com agência France-Presse)