Ao menos sete palestinos foram mortos pelas forças de Israel nesta sexta-feira (12) em protestos ao longo da fronteira israelense com a Faixa de Gaza, segundo as autoridades locais.
Israel informou que suas tropas atiraram contra um grupo que havia ultrapassado uma cerca com uma bomba e atacado um posto do Exército. Nenhum soldado israelense ficou ferido.
Além dos sete mortos, as autoridades de Gaza estimam que cerca de outros 140 ficaram feridos só nesta sexta. Entre elas estão 60 pessoas que foram atingidas por tiros no leste da Faixa de Gaza. Ao menos 10 crianças foram baleadas.
O Exército israelense informou que os manifestantes, estimados em cerca de 15.000, estavam “atirando pedras, aparatos explosivos, bombas incendiárias e granadas” contra tropas israelenses e contra a cerca.
O porta-voz militar israelense, Jonathan Conricus, disse em publicação no Twitter que um grupo havia “detonado uma bomba na cerca da fronteira Israel-Gaza”, permitindo que 20 pessoas escalassem pelo buraco.
As mortes de hoje elevam para cerca de 200 o número de moradores de Gaza mortos desde que os protestos semanais na fronteira começaram em 30 de março, de acordo com dados do Ministério da Saúde palestino.
Os manifestantes reivindicam o direito de retorno dos palestinos que foram expulsos ou que fugiram de suas terras com a criação de Israel em 1948, além do fim do bloqueio.
Israel controla as fronteiras da Palestina desde a Guerra dos Seis Dias em 1967, quando ocupou os territórios de Jerusalém Oriental, Cisjordânia e Gaza. Esta última está sob bloqueio desde que o movimento islamita Hamas tomou o controle do território à força, há 11 anos.
Os mais de 2 milhões de moradores da Faixa de Gaza só contam com uma saída para o exterior, através do Egito, que também mantém a fronteira intermitente da fronteira.
Os quase 3 milhões de habitantes da Cisjordânia costumam viajar para o exterior pela passagem de Allenby com a Jordânia, que também está sob controle da segurança israelense.
(Com AFP, EFE e Reuters)