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Forças de Israel invadem hospitais e rendem equipes médicas em Gaza

Israel alega que combatentes do Hamas utilizam hospitais e arredores como bases militares, acusação que é negada por médicos que atuam na região

Por Da Redação
22 jan 2024, 15h42

O Ministério da Saúde em Gaza, controlado pelo Hamas, afirmou que as tropas da Forças de Defesa de Israel (FDI) invadiram o hospital al-Khair e prenderam equipes médicas nesta segunda-feira, 22. Em uma investida inédita, soldados avançaram no distrito de al-Mawasi, a oeste da cidade de Khan Younis. O hospital al-Amal também teria sido cercado por tanques israelenses, de acordo o Crescente Vermelho Palestino, braço da Cruz Vermelha em países islâmicos, citado pela agência de notícias Reuters.

“Estamos profundamente preocupados com o que está acontecendo em nosso hospital”, alertou Tommaso Della Longa, porta-voz da Federação Internacional das Sociedades da Cruz Vermelha e do Crescente Vermelho. “As ambulâncias não podem entrar ou sair e não podemos fornecer nenhum atendimento de saúde de emergência às pessoas na área”.

Israel alega que combatentes do Hamas utilizam hospitais e seus arredores como bases militares, acusação que é negada pelos militantes e por médicos que atuam na região. Em depoimento à agência de notícias Reuters, moradores afirmaram que o bombardeio aéreo, terrestre e marítimo ao sul, onde Khan Younis está localizada, foi o pior desde a eclosão do conflito, em 7 de outubro.

“Foi feito um esforço especial, liderado por uma equipa dedicada, para garantir que os civis tenham acesso a cuidados médicos”, comunicou o coronel Elad Goren, do COGAT, braço do Ministério da Defesa de Israel que coordena auxílio humanitário para os palestinos. 

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+ Parentes de reféns do Hamas invadem sessão do Parlamento israelense

Cerco israelense

A mais recente ofensiva israelense, lançada na semana passada, tem como objetivo a tomada de controle de Khan Younis. A cidade abrigaria o principal quartel-general do Hamas, de acordo com Tel Aviv. Em outubro, o governo de Benjamin Netanyahu ordenou que palestinos migrassem para o sul da Faixa de Gaza “para sua própria segurança e proteção” e advertiu que o retorno ao norte deveria ser realizado “apenas quando for feito outro anúncio permitindo”.

Como consequência, mais de 1 milhão de pessoas fugiram para o sul, onde Israel agora realiza uma série de ataques. Na última noite, ao menos 50 pessoas morreram e dezenas ficaram feridas em Khan Younis. No momento, a maioria dos moradores de Gaza estão encurralados em Rafah, ao sul, e em Deir al-Balah, ao norte. Ao todo, foram registradas 25.295 vítimas palestinas desde o início do conflito. 

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+ Mortos na Faixa de Gaza desde o início da guerra passam de 25 000 pessoas

Emergência humanitária

O hospital Nasser é o maior centro de atendimento ainda em funcionamento em toda a cidade de Gaza e o único acessível em Khan Younis. Por lá, enfermeiros estão sobrecarregados pelo elevado número de feridos. Em entrevista à Reuters, o médico Ahmed Abu Mustafa relatou que não dormia há 30 horas e que estava tratando 11 pacientes ao mesmo tempo, em um espaço de apenas quatro leitos. 

Em Bruxelas, o ministro dos Negócios Estrangeiros da Autoridade Palestiniana, Riyad al-Maliki, apelou à União Europeia (UE) para que organizasse um cessar-fogo em Gaza, apontando para a gravidade da situação humanitária. A única e última trégua, ocorrida entre novembro e dezembro, durou uma semana e resultou na libertação de 105 reféns e de 240 palestinos das prisões de Israel. 

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“O sistema de saúde entrou em colapso. Não há forma de os palestinianos feridos serem tratados na Faixa de Gaza e eles não podem sair de Gaza para tratamento no exterior”, disse al-Maliki. 

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